PROFESSOR PAULO CESAR |
PORTAL DE ESTUDOS EM QUÍMICA |
sábado, 23 de fevereiro de 2019 |
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DIET OU LIGHT? QUAL A DIFERENÇA? 1 - O que é DIET e o que é LIGHT?
DIET (ou dietéticos) são alimentos
industrializados onde determinados nutrientes como por exemplo: proteína,
carboidratos, gorduras e sal, estão ausentes ou em quantidades muito
reduzidas, não resultando necessariamente, em um produto com baixas
calorias. Alimentação adequada para diabéticos, não contém açúcar. 2- Na prática, qual a diferença entre eles?
3- Só quem deseja emagrecer deve recorrer a eles? Há quem acredite que quanto mais se come produtos light ou diet, mais se emagrece: o que há de verdade nisso? Erros. Um alimento diet não necessariamente é pobre em calorias. Pelo contrário, já que normalmente esses produtos recebem maior teor de gordura para melhorar, por exemplo, o sabor. Portanto, esses produtos podem ser bastante calóricos e não contribuir para a redução de peso. Já os produtos light são bons aliados na dieta, pois têm menos calorias. Mas serão eficazes apenas se a pessoa calcular os valores calóricos e consumir essas opções, obedecendo suas necessidades e não exagerando na dose - ouvimos muito 'é light, então vou comer mais' -, algo muito errado e comum de ocorrer. 4- Por serem mais leves, é possível comer o quanto quiser? Nenhum alimento deve ser consumido em excesso. Aliás, o problema de abusos à mesa nunca foi exatamente o que se come, mas a quantidade ingerida. No caso do produto diet, o consumo deve ser feito posteriormente à orientação de um médico ou nutricionista e precisa estar baseado nas necessidades individuais e predisposição a doenças de cada indivíduo. Quanto aos produtos light, a ingestão também precisa ser controlada, pois os exageros podem prejudicar uma dieta de redução de peso. 5- Ambos têm menos calorias? Tanto o light quanto o diet (quando você tira um ingrediente, ele também fica mais leve) acabam tendo menos calorias. Mas atenção com o chocolate que, na versão diet, é tão ou mais calórico que o tradicional. O açúcar é retirado, mas em seu lugar entra a gordura. É indicado apenas para diabéticos. 6- Sal light é mais saudável e indicado para pessoas com predisposição à hipertensão? O problema do consumo do sal é a presença de sódio em sua composição. O sal light possui menos sódio, podendo ser sim mais saudável para os hipertensos. Mas nesse caso também é muito importante que um médico ou nutricionista faça as recomendações mais acertadas para cada caso. E resultado, em sabor, é diferente, o que pode não agradar ao paladar. Às vezes, então, é melhor usar menos sal ou nem usar, do que usar sal light. 7- Refrigerantes: tem gente que toma a versão light com a 'consciência tranqüila', porque oferece 0% de calorias. Apesar de mais calórico, não seria mais saudável tomar um suco natural de laranja, por exemplo?
8- Qual a diferença entre um refrigerante light e um diet? De acordo com a engenheira de alimentos Simone Gomes, não há di ferença. No início, os refrigerantes com menos calorias eram chamados diet, mas por uma questão mercadológica (os consumidores associavam o termo à 'doença', à 'restrição'), o nome foi mudado para light. Hoje, uma grande marca de refrigerantes, desta vez visando melhorar o marketing junto ao consumidor jovem - que segundo pesquisas considera o termo 'light' antigo -, criou a versão 'zero'. Apenas mais uma variação na nomenclatura, sem diferença alguma quanto ao produto. 9- Há alguma contra-indicação em relação a esses produtos? Alguns cuidados precisam ser tomados. É só observar que alimentos diet não necessariamente são de baixa caloria ou possuem menos sódio. No caso dos produtos light também precisamos dessa atenção na hora de fazer a escolha no supermercado. Ele pode ser rico em sódio, apesar de conter menos calorias - o que seria prejudicial para algumas situações clínicas, como em casos de consumidores com predisposição a desenvolver uma hipertensão. Se o consumidor for uma gestante, é importante avaliar o tipo de adoçante usado nos produtos diet, já que alguns são contra-indicados. Aliás, não há necessidade de optar por esses produtos, se o peso da mãe estiver controlado. Neste caso, as calorias na medida são até bem-vindas e importantes para o condicionamento da futura mamãe e para o desenvolvimento do bebê. Mais uma vez prevalece o cuidado nutricional por meio de de acompanhamento médico ou de um nutricionista. Produtos light em excesso engordam 10- Light e diet são produtos mais saudáveis do que os convencionais? Não necessariamente. É importante avaliar a composição do alimento como um todo. Os produtos diet, por exemplo, tendem a ter muita gordura e mais calorias, o que hoje vai contra as recomendações médicas. Lógico que se consumido dentro das recomendações, o alimento será importante para a terapia nutricional do paciente. No caso dos produtos light, a tendência é que sejam mais saudáveis, já que normalmente estamos falando de uma redução da gordura total, o que inclui gordura saturada e gordura trans ou até mesmo açúcar. Existem situações, porém, em que o ali mento perdeu a gordura, mas em compensação recebeu um excesso de açúcar, que sabemos atualmente também estar associado indiretamente ao maior risco de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de câncer, como o de cólon, por exemplo. 11- Todos são isentos de açúcar? Só os produtos diet e, mesmo assim, se forem destinados ao consumo de pacientes diabéticos. Lembre-se que um produto dietético pode ser desenvolvido sem algum nutriente, mas não necessariamente sem açúcar. Os produtos light nem precisam ter essa exclusão, desde que apresentem uma composição com 25% menos calorias (açúcar, gordura ou sódio) que o produto convencional 12- Só consumir esses produtos é investir em uma alimentação mais saudável? Depende. Se a pessoa já tentou outras formas de mudanças de hábitos alimentares, mas não conseguiu bons resultados, essa pode ser uma alternativa. Tem gente que sente muita falta de doce no dia-a-dia e consome muito desse ingrediente em vários tipos de guloseimas e bebidas. Nesse caso, acho que valeria tentar reduzir o açúcar, consumindo produtos adoçados com edulcorantes (adoçantes) para manter o sabor doce sem aumentar o consumo de açúcar. Essa situação não é ideal, já que seria melhor buscar uma alimentação mais natural e saudável, mas pode ser uma alternativa para quem tem dificuldade em fazer mudanças em seus hábitos. Só é preciso avaliar direito a composição dos alimentos diet já prontos, para evitar o aumento do consumo de gordura e calorias. Esses produtos são bem-vindos em ocasiões especiais, mas não devem substituir a alimentação convencional, que inclui frutas e verduras. Eles devem ser consumidos com moderação. É tudo uma questão de bom senso. 13- Existe açúcar light? Sim, existe. Sua composição contém parte de açúcar mesmo e parte de edulcorantes (adoçantes). Pode ser um aliado para aquelas pessoas que têm uma relação intensa com o sabor doce e não conseguem eliminá-lo por completo de suas vidas. Nesse caso, haveria uma 'economia' no consumo de açúcar total e também de calorias. 14- Leia sempre o rótulo! A legislação brasileira permite que produtos diet imprimam em seu rótulo a palavra light, gerando confusão. É o caso de refrigerantes que substituíram todo o açúcar por adoçante, mas, por uma questão mercadológica, preferem usar o termo light. O contrário não é permitido: light não pode ser diet. O que o consumidor deve fazer é olhar bem o que diz o rótulo, principalmente as tabelas que informam qual ingrediente foi reduzido ou alterado. Isso é o que importa!
Este site foi atualizado em 21/02/09 |