Sacarose: o que é e qual sua
constituição?
Para uma rápida demanda de
energia, nada se iguala ao açúcar. Mas, você sabia
que o papel e o algodão são feitos de “açúcar”?
Antes que você tente provar qualquer um dos dois
exemplos citados, já adianto que eles não são doces
porque as unidades de açúcar estão ligadas em uma
estrutura polimérica chamada “celulose”. Açúcares e
“correntes de açúcares” são chamadas genericamente
carboidratos[2], hidratos de carbono ou glicídios.
Vamos estudá-los? Afinal, nós os comemos, usamos e
escrevemos neles todos os dias!
Creio que cabe aqui, neste ponto
do artigo, um esclarecimento e discernimento entre
as nomenclaturas popular, científica e a adotada
nesse artigo. Da mesma forma que o sal, tema
anterior dessa série sobre a química na cozinha, a
palavra açúcar, em sua acepção popular, tem um
sentido diferente do utilizado no meio científico.
Nos domínios populares, quando se fala em açúcar,
refere-se especificamente à sacarose, muito presente
na cozinha como condimento essencial em muitas
receitas. Já, nos meios científicos, ao nos
referirmos aos açúcares, estamos indicando uma
quantidade relativamente grande de compostos além da
sacarose, como, por exemplo, os mono, di e
polissacarídeos. Para evitar duplicidade de
sentidos, mesmo se tratando de um artigo com caráter
predominantemente científico, quando for citado o
termo “açúcar” neste artigo, estarei me referindo à
sacarose.

[2]
Conforme oportuna observação do professor
Dr. Édson
Minatti em seu artigo sobre os
adoçantes artificiais e naturais, os
dicionários da língua portuguesa escrevem
“carboidrato” sem ‘h’. Mesmo concordando com o
autor citado que a forma mais adequada seria
“carbohidrato” com ‘h’, pois este último denota
a presença de um composto químico - a água - ,
seguiremos com a forma oficial de referência à
palavra indicada nos dicionários. Mas, sem
dúvida, esta e outras “traduções/adaptações” que
são feitas para a língua portuguesa mereceriam
um artigo à parte.