PROFESSOR

PAULO CESAR

PORTAL DE ESTUDOS EM QUÍMICA
 

DICAS PARA O SUCESSO NO VESTIBULAR: AULA ASSISTIDA É AULA ESTUDADA - MANTER O EQUILÍBRIO EMOCIONAL E O CONDICIONAMENTO FÍSICO - FIXAR O APRENDIZADO TEÓRICO ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS.

Home
Grafeno
Hidratos de Carbono
LHC
Bactéria GFAJ
Sperbactérias KCP
Como as cinzas prejudicam os aviões
Ônibus a Hidrogênio
Superátomos
O que os Faraós Bebiam
Metal Orgânico
Microondas no Laboratório de Química
Pré-Sal
Elementos Pseudo-metálicos
Crise Nuclear na Coreia
Crédito de Carbono
Reforma Ortográfica
Gripe Suína
Água Seca
Balança mais sensível do mundo
Chuva Seca
Adoçantes Artificiais
Estato Gasoso
Por que a água sanitária desinfeta
Adrenalina
Água
Antibióticos
Ácido Desoxirribonucleico
Armas Químicas
Armas Biológicas
Armas Nucleares
Bafômetro
Bicabonato de Sódio
Biodiesel
Bronzeamento Artificial
Bioquímica das Células
Botulismo
Cálculos em Química por Análise Dimensional
Células Tronco
Clonagem
Colesterol
Combustíveis
Ciclos Biogeoquímicos
Cristais Líquidos
Curiosidades_químicas.htm
Desodorantes
Etanol
Fenilcetonúria
Química do Vagalume
Neuroquímica
Vida
Ecstasy
Moléculas que matam
Coca Cola Diet x Bala Mentos
Química do Beijo
Novo Tipo Ligação Química
Datação do C 14
Bioquímica da Arteriosclerose
Equilíbrio Ácido Base no Sangue
Sabão Molécula Intrigante
Cafeína
Vírus
Feromônios
Benzeno
Corantes
Nicotina
Polônio
Leptina
Raio X
Polímeros: A era dos plásticos
Vacinas Comestíveis
Química Combinatória
Gás Hélio
Sangue Artificial
Química do Cabelo
Elementos Químicos
Química Medicinal
Explosivo C4
THC
Notícias Quânticas
Forças Intemoleculares
Gás Carbônico
Biotecnologia
Química das Aranhas
Vitaminas
Moléculas Quirais
Carboidratos
Colesterol II
Lipídios
Proteínas
Química do Sorvete
Química do Vinho
Química na Cozinha
Quimioterapia
Dicionário de Química
Diet ou Light?
Fique Por Dentro
Química das Aranhas
Gráficos
Grandes Nomes da Ciência
Histórico da Química
Lâmpadas Fluorescentes
Meio Ambiente
Mol
Os Segredos da Mumificação
Perguntas Superinteressantes
Química do Cigarro
Química do Cotidiano
Tratamento da Água
Salmonella
Pilhas e Baterias
Polímeros Condutores de Eletricidade
Umidade Relativa do Ar
Viagra
Vitaminas e Minerais

 

Quando a química é vilã: em todas as grandes guerras compostos químicos tóxicos foram utilizados para prejudicar o inimigo.

 

bulletHISTÓRICO
bullet AGENTES NERVOSOS
bullet DETOXIFICAÇÃO QUÍMICA
bullet AGENTE LARANJA
bulletGÁS CLORO
bullet GÁS CIANÍDRICO
bulletGÁS MOSTARDA
bulletNAPALM
bulletGÁS SARIN
bulletGÁS VX

 

História

Soldados na guerra químicaÀs 17h do dia 22 de abril de 1915, durante a I Guerra Mundial, as tropas alemãs na cidade de Ypres, na França, descarregaram 180.000 kg de cloro gasoso contidos em 5.730 cilindros na região de Steenstraat no canal de Yser e Poelcappelle. A nuvem de gás deslocou-se com o vento, matando ou causando a fuga das tropas francesas e argelinas nas trincheiras, abrindo uma abertura de 8 a 9 quilômetros na linha aliada. Em 24 de abril de 1915, os alemães realizaram um segundo ataque em Ypres, desta vez contra as tropas canadenses.
Houve quase 200 ataques químicos durante a I guerra mundial usando-se gás lançado dos cilindros. No maior destes ataques ocorrido em outubro 1915, os alemães liberaram 550 toneladas do cloro de 25.000 cilindros em Rhiems!
 

Fritz Haber, o pai da guerra química
Prof. Fritz Haber, Nobel em Química de 1918
Pai da guerra química

O chefe do serviço de guerra química alemã durante a I guerra mundial, o Prof. Fritz Haber, dirigiu pessoalmente o primeiro ataque com gás cloro. Quatro anos mais tarde, em 1918, ganhou o prêmio Nobel em química por sua descoberta de um processo para sintetizar amônia pela combinação de nitrogênio e hidrogênio. Haber é freqüentemente referido como o pai da guerra química.

O primeiro ataque com gás cloro representou meramente o início formal do uso de produtos químicos irritantantes. Entretanto, o uso de fumaças irritantes, por exemplo, de enxofre ardente, contra fortificações inimigas, data da antiguidade. As variações na intensidade e direção do vento e do clima e a falta de tecnologia química moderna serviram como limitações eficazes no emprego de produtos químicos nas guerras antes de 1914.


Enquanto a guerra continuou, muitos compostos tóxicos além do cloro foram testados para a utilização como agentes químicos da guerra:

bullet Bromo
bullet Cloreto de triclorometilsulfurila
bullet Fosgênio (CG)
bullet Cloroformiato de triclorometila (DP)
bullet Cloroformiato de monoclorometila
bullet Cianeto de hidrogênio (AC)
bullet Sulfeto de hidrogênio
bullet Tricloronitrometano (PS)
bullet Brometo de cianogênio
bullet Cloreto de cianogênio (CK)
bullet Dicloro de fenilcarbamina
bullet Éter diclorometílico
bullet Éter dibromometílico
bullet Cianoformiato de metila
bullet Cianoformiato de etila
bullet Cloreto de metanossulfonila
bullet Cloreto de etanossulfonila
bullet Etildicloroarsênio
bullet Metildicloroarsênio
bullet Etildibromoarsênio
bullet Sulfeto de dicloroetila (HS, gás mostarda)

Destes agentes químicos de guerra testados, cloro, fosgênio, cloroformiato de triclorometila, tricloronitrometano, cianeto de hidrogênio, cloreto de cianogênio e gás mostarda foram produzidos (pela Alemanha, França, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Áustria, Itália e Rússia) e usados em grandes quantidades, chegando a atingir a quantidade total de 189.195 toneladas.


Agentes nervosos

A partir da I guerra mundial, foram desenvolvidos os agentes nervosos, que são agentes químicos de guerra ainda mais letais que os supracitados. Estes compostos químicos receberam esta denominação porque afetam o sistema nervoso. Dentre as principais experiências envolvendo estes agentes químicos, destacam-se os estudos dos agentes nervosos tipo-G realizados na Alemanha do final da década de 30. O primeiro a ser preparado foi o Tabun (GA), pelo Dr. Gerhard Schrader do laboratório I. G. Farbenindustrie em Leverkusen, Alemanha. Schrader era encarregado de um programa para desenvolver novos tipos de inseticidas. Em 1938, um segundo potente agente nervoso organofosforado foi descoberto, o Sarin (GB).

Tabun (GA)
Sarin (GB)

 


Na década de 50, diversas companhias químicas e outros cientistas trabalhando independentemente descobriram uma classe de ésteres organofosforados altamente letais, agentes nervosos ainda mais tóxicos e persistentes que os do tipo-G, que foram classificados como agentes nervosos tipo-V. Dentre eles pode-se citar o VX e a sua versão russa, o Russian-VX ou R-VX.

A maioria destes agentes nervosos, para o nosso desconforto, possui estrutura similar àquelas dos compostos utilizados como pesticidas:

Estes compostos organofosforados inibem a ação de diversas enzimas, principalmente a acetilcolinesterase, enzima que controla a hidrólise da acetilcolina, um importante neurotransmissor (Figura 1). Assim, na ausência da acetilcolinesterase, a acetilcolina liberada acumula e evita a transmissão suave dos impulsos nervosos através da fenda sináptica da junção nervosa, provocando um colapso no sistema nervoso central (Figura 2). Os sintomas são: angústia, depreciação mental, perda da coordenação muscular, convulsões e a morte em situação extrema. Com apenas uma gota na pele, o agente nervoso VX pode matar um ser humano em poucos minutos.

Sem o VX...
Figura 2.a Transmição do impulso nervoso "normal" (E: Enzima, Ach: Acetilcolina, A: Acetil, Ch: Colina)
Com o VX...
Figura 2.ba. Transmição do impulso nervoso "prejudicada" pelo agente nervoso (NA: Agente Nervoso)

 

 


Figura 1. Representação de uma célula nervosa. Em destaque, a junção nervosa (fenda sináptica) entre duas células, onde a acetilcolina é liberada.

 


 
O VX já esteve presente inclusive no cinema. No filme "The Rock", os personagens representados por Nicolas Cage e Sean Connery se unem para impedir um ataque terrorista contra a cidade de Nova Iorque: os terroristas utilizariam projéteis contendo VX dentro de pequenas bolas de vidro!

Cenas do filme "The Rock"

 


Figura 3. Estoque de VX em um dos oitos pontos de estocagem nos EUA.

Dois agentes nervosos tipo-V encontram-se hoje estocados em larga escala: o VX, com milhares de toneladas nos Estados Unidos da América (Figura 3) e o R-VX na Rússia.

Em 13 de janeiro de 1993 170 países, entre os quais o Brasil, assinaram em Paris a Convenção Internacional Mundial sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção, Estocagem e Uso de Armas Químicas (CPAQ). Este tratado entrou em vigor no dia 29 de abril de 1997. O texto da Convenção, além de proibir o desenvolvimento, a produção, a estocagem e o emprego das armas químicas, estabelece um prazo de 10 anos para que os países detentores de tais armas procedam a sua destruição. Tal acordo fez crescer, nesta última década, o interesse na química destes compostos e em sua detoxificação (entenda-se detoxificar como retirar o caráter tóxico de um composto). Diferentes métodos de detoxificação têm sido empregados ao longo dos anos, mas nenhum com total eficiência que permita produzir resíduos sem efeitos adversos para o meio ambiente.


Detoxificação química

No ano de 1982, foi adotada a incineração como método preferido para a destruição dos estoques norte-americanos (Figura 4). Contudo, o grande problema deste processo é que ele produz gases tóxicos e corrosivos, levando à necessidade de filtrá-los e purificá-los, com um custo bastante elevado para um processo em larga escala.


Figura 4. Incinerador de produtos químicos.

Assim, tecnologias alternativas, incluindo-se a neutralização química, estão sendo também empregadas em determinados locais de estocagem, em resposta à preocupação pública e às recomendações do Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos.
Embora muitas reações químicas possam ser empregadas para detoxificar agentes químicos de guerra, somente algumas, na prática, podem ser utilizadas em uma neutralização, porque estas reações precisam ser simples e os reagentes empregados devem ser estáveis, baratos e de baixa massa molecular.
A substituição nucleofílica e a oxidação são as duas reações químicas preferidas para uma detoxificação sob condições brandas dos agentes tóxicos. Um método bastante efetivo para detoxificar pequenas quantidades destes compostos tóxicos em superfícies contaminadas ou contêineres consiste no uso de uma solução líquida contendo um excesso de reagentes para converter rapidamente, e à temperatura ambiente, os compostos em produtos significativamente menos tóxicos. Como um exemplo, o sarin reage rapidamente com HO- à temperatura ambiente numa solução básica, para formar os produtos não tóxicos, F- e o isopropil metilfosfonato de sódio (Esquema 1). Entretanto, este procedimento não é efetivo com todos os agentes. O VX, por exemplo, tem limitada solubilidade em meio básico, reagindo lentamente com o íon hidróxido (t1/2 = 31 min com NaOH 0,1M a 22 oC) e ainda produzindo um subproduto estável e altamente tóxico, o ácido tióico (Esquema 1).


Esquema 1


Assim, a detoxificação do VX requer uma química diferente. Uma alternativa é o uso de peroxiácidos, que oxidam o átomo de enxofre e promovem uma rápida clivagem da ligação P-O. Por exemplo, o íon peroximonossulfato (HSO5-), utilizado numa mistura conhecida como oxone (2KHSO5.KHSO4.K2SO4), é especialmente útil. Isto porque protege o grupo amino da oxidação, devido à protonação, e também porque o VX protonado é bastante solúvel em água. Contudo, o oxone tem uma alta massa molecular, baixa solubilidade e é caro. O íon hipoclorito também destrói o VX, mas esta reação é inviável porque o oxidante é desperdiçado ao reagir com o grupo amino. Um outro aspecto importante é que em geral estes oxidantes têm um tempo de meia-vida curto. Uma estratégia alternativa consiste no uso de nucleófilos mais estáveis que produzam clivagem quantitativa da ligação P-O.

Por causa da sua alta toxidade, experimentos com VX ou R-VX somente podem ser realizados em um limitado número de laboratórios, aprovados para manipulação de agentes químicos de guerra. No entanto, informações significativas têm sido obtidas utilizando-se reações-modelo que tentam mimetizar as reações dos agentes químicos a partir do estudo com compostos de similar estrutura, mas não tóxicos. Apesar destas relevantes informações obtidas nos últimos anos, a busca de métodos mais eficazes para a degradação de fosfatos de alta toxidade ainda permanece.

 

AGENTE LARANJA


Categoria: Desfolhante.

O Agente laranja é uma mistura de dois herbicidas: o 2,4-D e o 2,4,5-T. Foi usado como desfolhante pelo exército americano na Guerra do Vietnã. Derrubava as folhas das árvores, impedindo que os soldados se escondam na mata. Causa sérios danos ao meio ambiente. Ambos os constituintes do Agente Laranja tiveram uso na agricultura, principalmente o 2,4-D vendido até hoje em produtos como o Tordon. Por questões de negligência e pressa para utilização, durante a Guerra do Vietnam, foi produzido com inadequada purificação, apresentando teores elevados de um subproduto cancerígeno da síntese do 2,4,5-T: a dioxina tetraclorodibenzodioxina. Este resíduo não é normalmente encontrado nos produtos comerciais que incluem estes dois ingredientes, mas marcou para sempre o nome do Agente Laranja, cujo uso deixou seqüelas terríveis na população daquele país e nos próprios soldados americanos.

Aviões espalhando agente laranja no Vietnam

Calcula-se que tenham sido lançados 45,6 milhões de litros do produto durante os anos 60, cobrindo dez por cento do território do Vietnam.

Um helicóptero UH-1D espalhando agente laranja em uma floresta na região do delta do Mekong (1969)...



Em 1984, uma ação judicial movida por veteranos de guerra americanos contra as companhias químicas fornecedoras do Agente Laranja resultou em um acordo de 93 milhões de dólares em indenizações aos soldados. Esta ação foi arquivada pela seguinte sentença "Não há base legal para qualquer das alegações sob as leis domésticas de qualquer país, nação ou estado ou sob qualquer forma de lei internacional".

Algumas Vitimas do Agente Laranja

Os efeitos da dioxina usada no desfolhante [herbicida] Agente Laranja continuam na região que compreende áreas do Vietnam, Laos e Camboja

 

Os resíduos se entranham na terra e nas sementes das plantas

 

E os que as consumiram e consomem transmitiram

 

E transmitem seus efeitos aos descendentes

 

GÁS CLORO (C2)

Categoria: Asfixiante...

Ocorrência: O cloro é um elemento bastante abundante na litosfera, estimando-se a sua parcela em massa em 0,045 %. Devido à sua elevada afinidade para os outros elementos, o cloro nunca ocorre no estado livre, exceto numa parte ínfima de gases vulcânicos.

De entre os minerais que contém cloro, os mais comuns são a halite (NaCl), a silvite (KCl) e a carnalite (MgCl2.KCl.6H2O). Para além de se encontrarem vastamente dispersos na litosfera, os sais de cloro estão também dissolvidos na hidrosfera. Aqui o cloreto de sódio é, sem dúvida, o composto deste elemento mais abundante, estimando-se a sua concentração na água do mar em cerca de 2,6 %. O cloreto de sódio tem um função vital na dieta humana, sendo vulgarmente conhecido por sal de mesa. O seu valor é de tal modo reconhecido pelas civilizações que o sal chegou mesmo a ser uma unidade monetária, reconhecendo-se o seu nome na raíz etimológica da palavra "salário".

O gás cloro foi pela primeira vez preparado por Scheele em 1774, ao aquecer ácido clorídrico com dióxido de manganésio. Era libertado um gás amarelo esverdeado que Scheele pensou ser um composto. Lavoisier batizou a nova substância de ácido oximuriático pois pensava que ele era formado pela adição de oxigénio ao ácido clorídrico de uma maneira análoga à conversão do ácido sulfuroso em ácido sulfúrico por oxidação (note-se que Lavoisier acreditava que todos os ácidos continham oxigénio). Esta interpretação errónea foi consolidada pela investigação de Berthollet que, em 1785, verificou que, quando uma solução aquosa de cloro era colocada à luz do sol, libertava oxigênio.

Os químicos Gay-Lussac e Thénard, em 1809, passaram o gás puro e seco por carbono ao rubro mas não o conseguiram separar em componentes. Davy, em 1810, tentou novamente decompor o gás, tendo as suas tentativas falhado e provando, assim, que o ácido oximuriático de Lavoisier era uma substância elementar. Chamou-lhe cloro, do grego "Khloros", que significa amarelo esverdeado.

Soldados em 1915 com mascaras para proteger do Gás de Cloro. Detalhe até o jumentinho com mascara. Notem a fumaça na foto eis o gás de cloro em ação...

Em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, o cientista alemão Fritz Haber teve a idéia de usar gás cloro para obrigar as tropas inimigas a sair das trincheiras e aceitar o combate a céu aberto. Os alemães lançaram gás cloro no front perto da cidade belga de Ypres. Foi uma devastação — 5 mil soldados franceses desprevenidos foram mortos e outros 10 mil ficaram feridos.

O soldado à esquerda sofrendo asfixia pelo Gás de Cloro e seus companheiros com as mascaras, uma imagem brutal

O que causa: O cloro pertence ao grupo dos gases sufocantes, que irritam e ressecam as vias respiratórias. Para aliviar a irritação, o organismo segrega líquido nos pulmões, provocando um edema. A vítima morre literalmente afogada nos próprios fluídos.

Uma imagem de um soldado morto possivelmente por asfixia como mostra seu esqueleto com a mão esquerda sobre o pescoço

 

Tratamento: Inalação de oxigênio úmido e intubação traqueal ou traqueostomia em pacientes com obstrução das vias aéreas ou hipoxemia grave.

 

GÁS CIANÍDRICO (HCN)

 

O ácido cianídrico é um gás incolor que mata imediatamente se inalado numa concentração superior a 300 mg/m³ de ar. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi utilizado pelos nazistas para o extermínio de judeus em câmaras de gás.

Uma curiosidade: o cianeto de potássio, quando ingerido, reage com a acidez do estômago e gera gás cianídrico. Por isso, foi utilizado na Segunda Guerra Mundial como uma alternativa de suicídio rápido em situações de emergência. O líder nazista Goering, por exemplo, suicidou-se engolindo uma cápsula de cianeto pouco antes de ser levado ao enforcamento em Nuremberg.

Categoria: Agente do sangue.

O que causa: Combina-se com a hemoglobina, bloqueando a capacidade do sangue de transportar oxigênio. Provoca a morte rapidamente quando inalado.

Tratamento: A ação do gás cianídrico é muito rápida. O tratamento só é possível se a quantidade inalada não atingir a concentração fatal. O Na2S2O3 aplicado por via intravenosa reage com o cianeto, formando sulfocianeto, que é atóxico e eliminado pela urina. Outros produtos podem ser usados, como 4-dimetilaminofenol, piruvato de sódio e oxigenoterapia.

Camara de Gás

A Câmara de gás é um dos suportes utilizados pela justiça para execução de condenados a morte.

Contam os registros históricos que na Alemanha nazista na II Guerra Mundial essas câmaras eram muito solicitadas, em campos de extermínio (em Varsóvia) do lado Polonês na eliminação sistemática de seus prisioneiros.

Ruínas da câmara de gás do campo de extermínio Auschwitz-Birkenau

Nestas câmaras, hermeticamente vedadas, um poderoso e mortal gás chamado Zyklon B era injetados em quantidades no interior. O "Zyklon B" era o nome comercial, mas na verdade, tratava-se do ácido cianídrico um gás muito utilizado até hoje nas câmaras de gás norte americanas. O ácido cianídrico usado para esse fim é uma pastilha forma cristais que uma vez exposto ao ar entra em processo de sublimação e após algumas horas começa a liberar o gás mortífero e altamente letal quando inalado. Para se ter uma idéia, mesmo em pequenas doses, ao ser respirado o gás cianídrico entra pela corrente sanguínea, até chegar às células, onde bloqueia a ação das mitocôndrias e desse modo, as células ficam sem produzir energia ocorrendo a seguir a morte por asfixia. O gás também é usado em grandes celeiros na eliminação do caruncho (pragas).

Zyklon B

Este gás foi inicialmente utilizado como pesticida, para matar piolhos, pulgas e carrapatos transmissores de tifo, que era uma doença endêmica na época da segunda guerra. A casa ou alojamento com pragas eram bem fechadas e os cristais eram jogados em seu interior. Depois de seis horas, todos os insetos estavam mortos. Fúnebre foi a descoberta de que o gás também era tóxico para humanos e desse modo, os prisioneiros judeus eram confinados em câmaras (grandes salas de concreto) muito bem lacradas e os cristais de ácido cianídrico eram jogados em seu interior.

Ao contrário do que se imagina esse "processo de morte" não era rápido nem indolor como na câmara de gás. A sublimação do gás cianídrico era lenta e sua inalação e altamente sufocante. Homens e mulheres, novos e velhos, eram levados para estas câmaras, sob o pretexto de tomar banho e não voltavam mais.

Também era realizado um cuidadoso trabalho para que as vítimas realmente pensassem que tomariam banho e sairiam de lá vivas: os alemães ordenavam que todos tirassem as roupas e depois cada vítima recebia um cabide numerado para que colocasse suas roupas para que depois do "banho", pudessem reavê-las, e as pessoas eram obrigadas a levantar os braços ao entrar para que assim houvesse mais espaço para acomodar mais pessoas, e antes de entrar na câmara, as pessoas tinham seus cabelos cortados por prisioneiros que habitavam o campo havia mais tempo, e em um espetáculo de sadismo, algumas vezes, os alemães convocavam uma banda para entreter os prisioneiros antes de levá-los para a câmara. Assim que as portas se fechavam, a luz era apagada e o gás começava a invadir a câmara. Muitas vezes as paredes tinham de ser lavadas cuidadosamente após cada utilização, pois no desespero, várias pessoas se jogavam contra as paredes . A decisão de usar a câmara de gás foi tomada na Conferência de Wansee, em 1942, e primeiramente usavam monóxido de carbono (CO) do motor de um tanque. A última utilização das câmaras de gás ocorreu em 1944, em Auschwitz-Birkenau, o mais tenebroso campo de extermínio.

A câmara de gás é ainda uma forma de aplicação da pena de morte legalmente permitida em alguns estados dos Estados Unidos, embora seja normalmente utilizada para esse efeito a injeção letal. O último condenado executado por este meio (até 2006) foi Walter La Grand, em 4 de Março de 1999, no Arizona.

Câmara de gás nos Estados Unidos

 

GÁS MOSTARDA

Categoria: Agente Vesicante.

Os “Mostarda de Enxofre” ou simplesmente “Gás Mostarda” é um agente químico vesicante, utilizado como arma. Quando em sua forma pura, é incolor, inodoro e líquido à temperatura ambiente. Na forma comumente utilizada como arma química, tem coloração marrom-amarelada e tem um odor que lembra a mostarda.

É conhecido por diversas nomenclaturas: HD, senfgas, Mostarda de Enfofre, Gás Vesiculoso, s-lost, lost, Kampfstoff LOST (a abreviação LOST refere-se aos nomes de Lommel e Steinkopf, que desenvolveram o processo de produção em massa durante a Grande Guerra, para a companhia alemã Bayer AG.), Cruz Amarela e Yperita.

Agentes Mostarda, são regulados atualmente pelo CWC (Chemical Weapons Convention – Convenção de Armas Químicas) de 1993, incluídos na classe de agentes químicos de alto risco.

Uso na Grande Guerra

Utilizado pela primeira vez em 1917, ficou conhecido como “Yperita” porque o local onde se deu seu uso foi nas proximidades de Ypres. Após o ataque os britânicos decidiram criar seu próprio arsenal de gás mostarda (mas o único meio que lhes era possível à época era o processo Despretz–Niemann–Guthrie ), que foi utilizado pela primeira vez em setembro de 1918, durante o ataque à Linha Hindenburg.

O gás era dispersado via aérea, em combinação com outros agentes químicos, o que lhe atribuía a coloração amarelada e o odor característico. Lançado através de granadas de artilharia, bombas aéreas, minas terrestres, morteiros, obuseiros e mesmo foguetes, teve uma taxa de letalidade de apenas 1% dos casos.

Sua principal efetividade era como agente incapacitante, uma vez que não existiam medidas de proteção eficazes contra a exposição deste agente. Mesmo que o soldado esteja utilizando uma máscara, o agente ataca a pele.

Uma característica deste tipo de agente químico é o surgimento imediato dos sintomas como vesículas e queimaduras. Em muitos casos, os efeitos continuavam a surgir até 12 horas depois da exposição. Apesar de não ser a intenção primária do uso deste tipo de agente, quando a exposição era elevada, se tornava letal, causando a morte entre 3 e 5 minutos, o que proporcionava ainda mais um estado de desorientação das tropas.

Quadro de Sargent 1918-1919 retratando vitimas do Gás Mostarda

Além disso permanece ativo por um longo período. Quando o gás contaminava as vestes e equipamentos de um soldado, os outros soldados que tinham algum contato com este, também eram envenenados. Quando absorvido pelo solo, permanecia ativo por diversas semanas, evaporando-se muito lentamente, mesmo à noite, o que obrigava soldados de regiões muito contaminadas a abandonarem suas posições.

Os soldados expostos a este agente químico sofriam graves lesões nas áreas expostas, sofriam cegueira temporária, vômitos, tinham os pulmões afetados, geralmente causando inflamação nos brônquios, sofriam hemorragias internas e/ou externas, causadas pelo rompimento de veias, tinham a mucosa atacada, o que causava seu desprendimento e com isso mais sangramentos e uma dor insuportável. Era comum nos hospitais, vítimas deste tipo de envenenamento, serem abrigadas a ser amarradas à cama, tamanha a dor.

Apesar de não ser a intenção primária do uso deste tipo de agente, quando a exposição era elevada, se tornava letal, causando a morte entre 3 e 5 minutos.

O numero de vitimais da guerra por Gás Mostarda são de aproximados 100 mil mortos, 2 milhões de feridos e incapacitados.

Propriedades físicas

Temperatura de fusão: 13°C.
Temperatura de ebulição: 216°C.
Densidade: 1,274 g/mL.
Ele é pouco solúvel em água e muito solúvel em gorduras e lipídios.

Este composto é um veneno mortal, que provoca graves ulcerações e irritações na pele, nos olhos e no sistema respiratório, além de lesões neurológicas e gastrointestinais e destruição de tecidos e vasos sanguíneos.

Uma pessoa contaminada com gás mostarda, pode sentir os sintomas em pouco minutos, dependendo da concentração a qual foi exposta.

Antídotos: Quando ele reage com o cloro, ou NaOCl, ou ainda, Ca(OCl)2, ocorre a formação de compostos atóxicos. Sendo estas, reações para uma possível descontaminação ou desativação do composto.

Algumas Vitimas

Soldado exposto ao gás mostarda em 1918

 

Vítima do gás mostarda

 

Soldado em 1918, mais uma vítima do gás mostarda

 

Soldados cegos pelo gás mostarda na Primeira Guerra Mundial

 

NAPALM

Mísseis Napalm

 

Napalm é um conjunto de líquidos inflamáveis à base de Gasolina gelificada, utilizados como armamento militar. O Napalm é na realidade o agente espessante de tais líquidos, que quando misturado com gasolina a transforma num gel pegajoso e incendiário.

Categoria: Agente carbonizante.

Origem: O Napalm foi desenvolvido em 1942 durante a Segunda Guerra Mundial nos Estados Unidos por uma equipe de químicos da Universidade de Harvard liderada por Louis Frieser. O nome Napalm deriva do acrônimo dos nomes dos seus componentes originais, sais de Alumínio co-precipitados dos ácidos Naftênico e Palmítico. Estes sais eram adicionados a substâncias inflamáveis para serem gelificadas.

Um dos maiores problemas dos fluidos incendiários (Tais como os usados nos lança-chamas) é que eles salpicam e escorrem muito facilmente devido à sua baixa viscosidade. Nos Estados Unidos descobriu-se que a gasolina sob a forma de gel aumentava o alcance e a eficiência dos lança-chamas. No entanto, no início da Segunda Guerra Mundial, para se obter gasolina gelificada era necessário usar borracha natural, a qual estava, na altura, sob forte procura e com preço elevado. O Napalm veio providenciar uma alternativa mais barata.

O Napalm moderno é composto por Benzeno e Poliestireno, e é conhecido por Napalm-B.

Explosão de Napalm

Utilização: O Napalm foi usado em lança-chamas e bombas pelos Estados Unidos e nações aliadas, para aumentar a eficiência dos líquidos inflamáveis. A substância é formulada para queimar a uma taxa específica e aderir aos materiais. O Napalm é misturado com a gasolina gélida em diferentes proporções para alcançar este objetivo.

Diversos lançadores foram desenvolvidos para seu uso, culminando nas armas lança-chamas utilizadas contra os exércitos vietnamitas no final da década de 1960.

Napalm sendo usado durante a guerra do Vietnam a partir de um barco patrulha

O napalm, em combustão, gera temperaturas superiores a 1.000 ºC.

B 29 jogando mísseis Napalm na Segunda Guerra Mundial

Na Segunda Guerra Mundial, a Força aliada bombardeou cidades do Japão com napalm. Foi usada também contra guerrilhas comunistas na Guerra civil Grega, pelas Forças armadas dos Estados Unidos foi usada na Coréia e na Guerra do Vietnã e pelo México em 1960 usada contra guerrilha de Guerrero.

Explosão de Napalm

Um outro efeito do napalm em bombas, consiste na desoxigenação do ar envolvente e aumento da concentração de Monóxido de Carbono os quais provocam asfixia . Uma outra utilização do Napalm na Guerra do Vietnã consistiu na abertura de clareiras para a aterrizagem de helicópteros.

Proibição: Em 1980, o seu uso foi proibido por uma convenção da Organização das Nações Unidas.

 

Algumas Vitimas de Napalm

Homens carbonizados

 

Homem com o rosto queimado

 

Garoto com rosto e mãos queimados

 

Crianças correndo de uma bomba napalm, observe no desespero estampado no rosto das crianças

 

GÁS SARIN

Sarin é um composto altamente tóxico, tanto em sua forma líquida como gasosa.

Sarin (C4H10FO2P) é uma substância tóxica que atua essencialmente sobre o sistema nervoso. Muito utilizada em guerra química. O sarin é um composto organofosforado. Essa classe de compostos foi sintetizada pela primeira vez em 1936 pelo químico Gerhard Schrader, que tentava desenvolver pesticidas de uso agrícola. O caso mais recente de utilização de sarin foi um atentado terrorista ao metrô de Tóquio, no Japão, em 1995. A seita japonesa radical Verdade Suprema foi a responsável pelo atentado, que deixou doze mortos e 5 mil feridos. O ataque era direcionado contra comboios/trens passando por Kasumigaseki e Nagatachō, a casa do governo japonês. Esta era (e até hoje) o mais grave atentado a ocorrer no Japão desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Categoria: Agente dos nervos.

O que causa: Os compostos organofosforados agem sobre o sistema muscular inibindo uma enzima pela degradação de um importante neurotransmissor (acetilcolina) envolvido com a contração muscular. Os sinais da intoxicação incluem: fortes contrações musculares, salivação abundante, diminuição da frequência cardíaca; podendo ocassionar ação também no sistema nervoso central, que resulta em convulsões, com alto índice de mortalidade.

O que fazer: A providência imediata é de descontaminação, tirando a roupa e irrigando bem olhos e pele com água. Hospitais em muitas comunidades estão providenciando estoques de antídotos.

Antidoto: O tratamento deste tipo de exposição pode incluir, entre outros, o uso da atropina - sulfato de atropina - para o combate de efeitos periféricos e substâncias anticonvulsivantes, para os efeitos centrais.

Utilização: Uma vez produzido, o gás Sarin apresenta tanto um problema de armazenamento como de distribuição. Nos anos 50 e 60, as armas químicas militares, passaram a ser construídas tendo por base dois reservatórios contendo composto não tóxicos, que são misturados (formando o gás nervoso) durante o voo para o seu alvo.

Este último passo da reação que se dá em pleno voo é muito simples, o que faz com que este tipo de munições binárias seja eficiente.

Outras armas químicas tais como o VX não permitem este tipo de munições binárias o que faz com que seja muito mais perigoso o seu armazenamento. No em ambos os casos é necessário equipamento especial para o supervisionamento da zona de enchimento das munições e na zona de armazenamento, para detectar qualquer fuga dos reservatórios.

As armas binárias podem ser disparadas utilizando artilharia convencional ou sistemas mais avançados tecnologicamente.

A artilharia convencional tem uma capacidade de precisão relativamente baixo, mesmo com a utilização de modernos sistemas de lançamento, pois uma pequena variação na velocidade ou direcção do vento podem enviar a nuvem altamente tóxica para o local de lançamento.

Tal como na guerra Irã Iraq, mísseis Scut ou outro tipo de armas balísticas podem ser utilizadas para a entrega do gás para distâncias longínquas, este sistema de entrega tem a vantagem de a explosão e dar a uma distância muito grande do local de lançamento.

Um dos sistemas mais precisos para entregas de longo alcance são os mísseis de cruzeiro. Este tipo de mísseis é extremamente preciso e podem desviar-se de edifícios e outros obstáculos, são também extremamente difíceis de atingir durante o voo.

Outro tipo de distribuição é o bombardeamento a partir de aviões, com a nova tecnologia este tipo de bombardeamento é extremamente preciso. Neste caso a principal desvantagem é a possibilidade de contagio do piloto.

Em suma Sarin é uma arma muito versátil que pode ser utilizada em muitos campos de batalha, e pode ser entregue utilizando vários métodos dependendo da situação e da quantidade desejada.

 

Ataque com Gás Sarin Japão 1995

 

Vítimas do gás sarin

 

Na foto: Shin Hirata, Katsuya Takahashi, Naoko Kikuchi, publicado no japão na epoca do ataque, eles são suspeitos de terem conexão com o ataque

 

Equipe de descontaminação

 

Equipe de descontaminação

 

 

GÁS VX

VX é provavelmente um dos mais perigosos produtos químicos criados pelo homem. É usado em guerra química. No filme "The Rock", era aquele líquido verde que os terroristas ameaçaram com a Baía de San Francisco.

VX gás foi desenvolvido em Porton Down Armas Químicas Research Center, Wiltshire, Inglaterra em 1952 e os seus efeitos devastadores foram testados. Os britânicos negociaram a tecnologia do VX com os Estados Unidos da América, para informações sobre armas termonucleares.

Sua fórmula química é CH3CH20-P(P)(CH3)-SCH2CH2N(C3H7)2 e está normalmente em seu estado líquido apesar do seu nome. Possui uma baixa volatilidade, é inodoro e é um excelente adesivo. Uma forma especial que tem sido desenvolvida é tão adesiva que é virtualmente impossível para remover a partir da superfície que está em contato. Isto leva a ataques estratégicos sobre bases inimigas ou aeroportos, o VX permanece preso à área e tem o potencial de matar qualquer um que tente se utilizar da base ou aeroporto.

Projeto de arma com o gás VX

O "V" de VX significa longa persistência. Por isso, é mais perigosa e tóxica do que seus primos da variedade "G" como GA (Tabun) e GB (Sarin), que dissipam rapidamente e têm apenas efeitos de curto prazo. Na forma líquida do VX, que é absorvida através dos olhos ou a pele da vítima. Ele toma uma ou duas horas para entrar em vigor e os seus efeitos resultam em morte. A forma gasosa, é mais mortífera do que a forma líquida e atua quase imediatamente na vítima. Os efeitos são piores quando ela é inalada e a morte é um fim ao sofrimento.

Somente um pouco de DL50 como 10mg para o ser humano. Ele atua cortando o sistema nervoso. Liga-se a enzima que transmite sinais para os nervos e os inibe. Portanto os nervos tornam-se isolados e incontroláveis. O antídoto, atropina, é uma toxina, mas isso contraria o efeito do VX, o removendo da da enzima. É um agente anti-nervo o mesmo acontece com o inverso do VX, um agente do nervo. Normalmente é injetado no braço ou na coxa, mas para ataques gasosos a atropina deve ir imediatamente para o coração. Então uma proteção corporal completa e máscaras de gás são essenciais para evitar a exposição em um ataque de míssil VX.

O potencial completo do VX aninda não foi utilizado, pois é muito perigoso para usar em ataques locais com vento que pode explodir o VX de volta para a base. Este fator tem ajudado para que o VX não seja usado para mutilar nações. Se estas armas forem lançadas contra uma nação, haveria a possibilidade de um contra-ataque nuclear VX, porque é uma arma de destruição em massa que se espalha a partir do ponto de impacto matando todos em seu caminho. Esta seria contra atacada por outro, que em muitos dos casos, seria uma bomba nuclear. Os únicos países conhecidos que possuem o VX são E.U. França e Rússia. Inglaterra após tê-lo inventando abandonou o pensamento de guerra termonuclear.

Efeito da Exposição do Gás VX em Halabja

A exposição ao VX pode ser tratada. Tal como acontece com outros agentes nervosos, o tratamento mais eficaz para VX é a injeção imediata da mistura das drogas atropina e cloreto de pralidoxime, que neutralizam os efeitos do nervo agente sobre o sistema nervoso periférico e ajuda as vítimas a respirarem, e diazepam, o que contraria os efeitos do sistema nervoso central do VX, incluindo apreensões. Os militares americanos estão equipados com kits auto-injetores contendo os antídotos. Mas a droga deve ser administrada imediatamente após a exposição ao VX. (Os antídotos podem ser perigosos para aqueles que não foram expostos).

Às Vítimas, que inalam VX também deve ser dado acesso ao ar fresco. Aqueles cuja pele teve contato com o VX devem tê-las lavadas com sabão e água. Outro produto químico, brometo de piridostigmina, pode ser administrado antes da exposição para aumentar a resistência ao VX.

Efeito da Exposição do Gás VX em Halabja

As pessoas podem não saber que eles estão expostos instantaneamente ao VX.

Pessoas expostas a uma dose baixa ou moderada de VX por inalação, ingestão (engolir), ou absorção cutânea pode enfrentar alguns ou todos os seguintes sintomas dentro de segundos a horas de exposição: corrimento nasal, lacrimejamento, pequenos pontos na pupila, dor ocular, visão turva sialorréia e sudorese excessiva, tosse, aperto torácico, respiração rápida, diarréia, aumento da frequência urinária, confusão, sonolência, fraqueza, dores de cabeça, náuseas, vômitos e / ou dor abdominal, ritmo cardíaco lento ou rápido, pressão arterial elevada ou baixa anormais.

Mesmo uma pequena gota de nervo agente sobre a pele pode causar sudorese e contração espasmódica muscular quando o agente toca a pele.

A exposição a uma grande dose de VX por qualquer rota pode resultar nestes efeitos sobre a saúde: perda de consciência, convulsões, paralisia, insuficiência respiratória levando à morte.

Como o VX se compara ao gás sarin ou de gás mostarda?

Como o VX e o sarin são ambos agentes nervosos, têm efeitos semelhantes no corpo. Mas VX é cerca de 100 vezes mais letal do que o sarin quando absorvidos através da pele e cerca de 2000 vezes mais mortal quando inalado. Além disso, sarin é volátil, evapora mais ou menos na mesma taxa da água, e é mortífero quando inalado, enquanto VX é à base de petróleo, extremamente adesiva, e duradouro. O gás mostarda, que não é menos letal que osarin e o VX, mas pode levar aos mais duradouros efeitos para a saúde, como câncer e defeitos congênitos.

Efeito da Exposição do Gás VX em Halabja

 

Testes Norte-Americanos do VX

Na sequência da desclassificação de documentos secretos dos E.U.A de outubro de 2002, surgiu a sugestão de que tropas das Forças Armadas Canadense "15º Batalhão de Artilharia fossem cobaias nos testes de guerra química na" Operação Elk Hunt " durante os anos 60. Documentos indicam que tropas canadenses a partir do dia 15, bem como de outras unidades militares, foram expostas ao gás de nervos VX, no Campo de Teste do Rio Gerstle (GRTS), perto de Fort Greely, no Alasca...

"Elk Hunt" Fase 1 e 2 foram conduzidos simultaneamente perto de Fort Greely durante 1964 e 1965. "Operação Elk Hunt" Fase 1 foi concebida para determinar a quantidade de agentes nervos VX coletada do vestuário do pessoal percorrendo diversos tipos de terrenos contaminados. VX foi divulgado a partir de minas subterrâneas M23 detonadas em três tipos de terreno e dentro d'água. "Operação Elk Hunt" Fase 2 foi semelhante mas acrescentou veículos percorrendo o terreno contaminado. Foi reportado que os canadenses conduziram 5 de 35 tentativas.

 

 

 

Home | Grafeno | Hidratos de Carbono | LHC | Bactéria GFAJ | Sperbactérias KCP | Como as cinzas prejudicam os aviões | Ônibus a Hidrogênio | Superátomos | O que os Faraós Bebiam | Metal Orgânico | Microondas no Laboratório de Química | Pré-Sal | Elementos Pseudo-metálicos | Crise Nuclear na Coreia | Crédito de Carbono | Reforma Ortográfica | Gripe Suína | Água Seca | Balança mais sensível do mundo | Chuva Seca | Adoçantes Artificiais | Estato Gasoso | Por que a água sanitária desinfeta | Adrenalina | Água | Antibióticos | Ácido Desoxirribonucleico | Armas Químicas | Armas Biológicas | Armas Nucleares | Bafômetro | Bicabonato de Sódio | Biodiesel | Bronzeamento Artificial | Bioquímica das Células | Botulismo | Cálculos em Química por Análise Dimensional | Células Tronco | Clonagem | Colesterol | Combustíveis | Ciclos Biogeoquímicos | Cristais Líquidos | Curiosidades_químicas.htm | Desodorantes | Etanol | Fenilcetonúria | Química do Vagalume | Neuroquímica | Vida | Ecstasy | Moléculas que matam | Coca Cola Diet x Bala Mentos | Química do Beijo | Novo Tipo Ligação Química | Datação do C 14 | Bioquímica da Arteriosclerose | Equilíbrio Ácido Base no Sangue | Sabão Molécula Intrigante | Cafeína | Vírus | Feromônios | Benzeno | Corantes | Nicotina | Polônio | Leptina | Raio X | Polímeros: A era dos plásticos | Vacinas Comestíveis | Química Combinatória | Gás Hélio | Sangue Artificial | Química do Cabelo | Elementos Químicos | Química Medicinal | Explosivo C4 | THC | Notícias Quânticas | Forças Intemoleculares | Gás Carbônico | Biotecnologia | Química das Aranhas | Vitaminas | Moléculas Quirais | Carboidratos | Colesterol II | Lipídios | Proteínas | Química do Sorvete | Química do Vinho | Química na Cozinha | Quimioterapia | Dicionário de Química | Diet ou Light? | Fique Por Dentro | Química das Aranhas | Gráficos | Grandes Nomes da Ciência | Histórico da Química | Lâmpadas Fluorescentes | Meio Ambiente | Mol | Os Segredos da Mumificação | Perguntas Superinteressantes | Química do Cigarro | Química do Cotidiano | Tratamento da Água | Salmonella | Pilhas e Baterias | Polímeros Condutores de Eletricidade | Umidade Relativa do Ar | Viagra | Vitaminas e Minerais

Este site foi atualizado em 04/03/19