PROFESSOR PAULO CESAR |
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Composição Química
da Célula Sumário
Uma das evidências da evolução
biológica e da ancestralidade comum dos seres vivos é que todas as
formas de vida possuem composição química semelhante.
Dos elementos químicos encontrados na natureza, quatro são encontrados com maior frequência na composição química dos seres vivos. Esses elementos são o carbono (C) o oxigênio (O), o nitrogênio (N) e o hidrogênio (H). Além desses quatro elementos, outros são biologicamente importantes como o sódio (Na), potássio (K), cálcio (Ca), fósforo (P), enxofre (S), entre outros.
Elementos químicos biologicamente importantes e sua localização na Tabela Periódica.
A vida
na Terra começou na água e, ainda hoje, a ela se associa. Só há vida
onde há água. As propriedades da água que a tornam fundamental para
os seres vivos relacionam-se com sua estrutura molecular que é
constituída por dois átomos de hidrogênio ligados a um átomo de
oxigênio por ligações covalentes. Embora a molécula como um todo
seja eletricamente neutra, a distribuição do par eletrônico em cada
ligação covalente é assimétrica, deslocada para perto do átomo de
oxigênio.
Quando os átomos de hidrogênio da molécula de água (com carga positiva) se colocam próximos ao átomo de oxigênio de outra molécula de água (com carga negativa), estabelece-se uma ligação entre eles, denominada ponte de hidrogênio.
A estrutura da molécula de água
Essa
ligação garante a coesão entre as moléculas, o que mantém a água
fluida e estável nas condições habituais de temperatura e pressão.
Algumas das mais importantes propriedades da água relacionam-se com
as ligações de hidrogênio:
Insetos sobre a superfície da água 2) Capilaridade: capacidade de penetrar em espaços reduzidos, o que permite à água percorrer os microporos do solo, tornando-se acessível às raízes das plantas.
4) Capacidade solvente: a polaridade da molécula de água explica a eficácia em separar partículas entre si, pois o caráter polar da água tende a diminuir as forças de atração dos íons encontrados em sais e em outros compostos iônicos, favorecendo a dissociação dos mesmos. Os dipolos da água envolvem os cátions e ânions (solvatação)impedindo a união entre essas partículas carregadas eletricamente.
O fenômeno da solvatação iônica Alguns dos principais papéis da água nos seres vivos são: 1) Solvente da maioria dos solutos, o que permite a ocorrência das reações químicas (é chamada solvente universal). 2) As reações catalisadas por enzimas só ocorrem na água. Em algumas reações, a água participa também como substrato (reações de hidrólise).
4) Os sistemas de transporte dos animais (sistema circulatório) e dos vegetais (vasos condutores) usam a água como meio de distribuição de substâncias. 5) Devido ao seu elevado calor específico, a abundante presença de água nos seres vivos impede grandes variações de temperatura.
6) Age
como lubrificante nas articulações, nos olhos e, misturada aos
alimentos, como saliva, facilita a deglutição.
A variação do teor de água em diferentes estruturas no ser humano.
Como a
célula é um meio aquoso, não se encontram sais minerais, mas íons
inorgânicos. Alguns deles são encontrados em todos os seres
vivos.
– Ânions: cloreto,
bicarbonato, fosfato, sulfato, nitrato.
• Magnésio: encontrado na
molécula da clorofila, pigmento fotossintetizante dos vegetais. O
zinco, o cobre e o cobalto atuam como co-enzimas em alguns
processos. O sódio e o potássio são os principais envolvidos na
transmissão do impulso nervoso.
Estruturas esqueléticas dos seres vivos
3. Hidratos de Carbono ou Glicídicos
Os glicídicos são moléculas
orgânicas formadas por átomos de carbono (C), hidrogênio (H) e
oxigênio (O).
Equação Geral da Fotossíntese.
A
glicose produzida na fotossíntese é usadas como fonte de energia no
metabolismo celular dos seres vivos. No corpo do vegetal, parte da
glicose produzida na fotossíntese fica armazenada na forma de amido
nos
tubérculos
(raízes e caules) e parte fica na forma de celulose na parede
celular (membrana celulósica) das células vegetais. Os glicídios são classificados de acordo com o número de moléculas em sua constituição como monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos.
I. Monossacarídeos
O nome genérico do monossacarídeo
está relacionado com o valor de
n. Algumas fórmulas estruturais de monossacarídeos:
II. Oligossacarídeos
Reações de Síntese e Hidrólise de um Dissacarídeo Os dissacarídeos presentes nos alimentos não são aproveitados diretamente pelo organismo. Estas moléculas precisam ser digeridas (hidrolisadas) pela ação de enzimas específicas em suas unidades formadoras (monossacarídeos) para serem absorvidas nas micro vilosidades intestinais e aí então chegarem até as células, via corrente sanguínea.
III. Polissacarídeos
São
moléculas orgânicas formadas pela união de mais 10 moléculas de
monossacarídeos.
Polissacarídeos de Reserva Energética
O
amido é o polissacarídeo de reserva energética dos vegetais,
sendo armazenado nas células do
parênquima amiláceo
de caules (batatinha) e raízes (mandioca).
Polissacarídeos Estruturais
A celulose é o polissacarídeo
presente na membrana celulósica das células vegetais (imagine sua
abundância na natureza). Está relacionada com a estrutura e forma
das células vegetais.
No ser
humano, a presença de celulose na dieta (alimentação) garante o bom
funcionamento do intestino, a retenção de água ao bolo fecal,
facilitando sua eliminação.
Os
lipídios são moléculas orgânicas formadas pela união de ácidos
gordos e um tipo de álcool, que normalmente é o glicerol.
4.2. O Papel Biológico dos Lipídios
Os
lipídios desempenham várias funções importantes para os seres vivos,
entre elas, a função de reserva energética, realizada pelas gorduras
nos animais e pelos óleos nos vegetais.
I. Glicerídeos
São lipídios formados por ácidos
gordos e glicerol.
Formação de um glicerídio a partir de ácidos gordos e glicerol.
Os óleos estão depositados mais frequentemente nas sementes dos vegetais, como, por exemplo, no girassol, na soja, no amendoim, no arroz, no milho, etc.
A partir dos óleos vegetais são
produzidas as gorduras vegetais, conhecidas como margarinas,
conseguidas por meio de reações de hidrogenação com aquecimento. Na
constituição das margarinas, além do óleo vegetal, estão presentes
vitaminas, sais minerais e conservantes.
Os esquemas a seguir mostram exemplos de ácidos gordos saturados e insaturados
Ácidos gordos saturados (ligação simples entre carbonos)
Ácidos graxos insaturados (duplas ligações entre carbonos)
II. Cerídios
São
lipídios formados pela união de ácido gordo de cadeia longa (de 14 a
36 átomos de carbono) com um álcool de cadeia longa (de 16 a 30
átomos de carbono). As secreções oleosas das glândulas sebáceas protegem a superfície corporal dos mamíferos contra a desidratação. A secreção oleosa da glândula uropigiana das aves lubrifica as penas, evitando que as mesmas fiquem encharcadas no ambiente aquático.
III. Fosfolipídios
São
lipídios formados por ácido gordo, glicerol e o grupo fosfato.
A estrutura da membrana celular
lV. Esteróides
As
proteínas são macromoléculas, isto é, moléculas grandes,
constituídas por unidades chamadas aminoácidos. Algumas
propriedades importantes dos seres vivos estão associadas a elas: a
facilitação para a ocorrência de reações químicas (enzimas),
o transporte de oxigênio (hemoglobina), a transmissão de
informações (hormônios), a composição estrutural das células
(membranas, túbulos, etc.),
Fórmula geral de um aminoácido
Os aminoácidos podem ser obtidos
na dieta ou produzidos, a partir de açúcares. Todavia, as moléculas
possuem nitrogênio. O nitrogênio constitui cerca de 80% do ar
atmosférico, mas sua assimilação ocorre pela ação de microrganismos
capazes de transformá-lo em compostos utilizáveis pelos vegetais
(nitritos ou nitratos). Os vegetais empregam esses compostos para
produzir aminoácidos, obtidos pelos animais através da alimentação.
5.2. As Reações de Síntese e Hidrólise das Proteínas
As proteínas, ou
cadeias
polipeptídicas, são formadas pela união entre
aminoácidos. As ligações entre os aminoácidos são denominadas
ligações
peptídicas e ocorrem entre o grupo carboxila de um
aminoácido e o grupo amina de outro aminoácido.
Como cada ligação peptídica é formada entre dois aminoácidos, uma proteína com 100 (cem) aminoácidos apresentará 99 ( noventa e nove ) ligações peptídicas.
2) Reação de hidrólise (digestão) com ação de uma protease
5.3. As Estruturas das Proteínas A sequência linear de aminoácidos de uma proteína define sua estrutura primária.
Estrutura primária de um oligopeptidio
O número
de aminoácidos é muito variável de uma proteína para outra: O filamento de aminoácidos enrola-se ao redor de um eixo, formando uma escada helicoidal chamada alfa-hélice. É uma estrutura estável, cujas voltas são mantidas por pontes de hidrogênio.
Tal
estrutura helicoidal é a estrutura secundária da proteína. As proteínas estabelecem outros tipos de ligações entre suas partes. Com isto, dobram sobre si mesmas, adquirindo uma configuração espacial tridimensional chamada estrutura terciária. Essa configuração pode ser filamentar como no colágeno, ou globular, como nas enzimas.
A estrutura secundária de uma proteína
A estrutura terciária de uma proteína Tanto o estabelecimento de pontes de hidrogênio como o de outros tipos de ligações dependem da sequência de aminoácidos que compõem a proteína. Uma alteração na sequência de aminoácidos (estrutura primária) implica em alterações nas estruturas secundária e terciária da proteína. Como a função de uma proteína se relaciona com sua forma espacial, também será alterada. Um exemplo clássico é a anemia falciforme. Nessa doença hereditária, há uma troca na cadeia de aminoácidos da hemoglobina (substituição de um ácido glutâmico por uma valina). Isto acaba por determinar mudanças na hemácia, célula que contém a hemoglobina, que assume o formato de foice quando submetida a baixas concentrações de oxigênio.
A estrutura quaternária da hemoglobina
5.4. Desnaturação das Proteínas
Quando as proteínas são submetidas à elevação de temperatura, a variações de pH ou a certos solutos como a uréia, sofrem alterações na sua configuração espacial, e sua atividade biológica é perdida. Este processo se chama desnaturação. Ao romper as ligações originais, a proteína sofre novas dobras ao acaso. Geralmente, as proteínas tornam-se insolúveis quando se desnaturam. É o que ocorre com a albumina da clara do ovo que, ao ser cozida, se torna sólida.
Na
desnaturação, a sequência de aminoácidos não se altera e nenhuma
ligação peptídica é rompida. Isto demonstra que a atividade
biológica de uma proteína não depende apenas da sua estrutura
primária, embora esta seja o determinante da sua configuração
espacial.
As
proteínas desempenham quatro funções importantes para os seres
vivos. Entre estas funções podemos citar a função estrutural
ou plástica, hormonal, anticorpos (imunização) e
enzimática.
As proteínas de defesa imunológica são as imunoglobulinas (anticorpos). As proteínas de ação enzimática (enzimas) são importantes como catalisadores biológicos favorecendo reações do metabolismo celular, como as proteases, a catalase, a desidrogenases, entre outras
Em 1870, Miescher isolou substâncias que tinham caráter ácido e eram formadas por carbono, hidrogênio, oxigênio, azoto e fósforo, no núcleo de células do pus. Tais substâncias foram chamadas de ácidos nucléicos e sabe-se que elas estão relacionadas com o controle da atividade celular e com os mecanismos da hereditariedade. Os ácidos nucléicos são formados pela união de nucleotídeos. Outras macromoléculas orgânicas são constituídas por unidades mais simples: as proteínas, por aminoácidos e os polissacarídeos, por açúcares simples, como a glicose. Cada nucleotídeo tem três subunidades: um grupo fosfato, uma pentose e uma base nitrogenada.
O grupo fosfato origina-se do ácido fosfórico (H3PO4). Há duas pentoses que podem participar da estrutura dos nucleotídeos: a ribose (C5H10O5) e a desoxirribose (C5H10O4). As bases azotadas possuem estrutura em anel, com átomos de azoto na molécula. Classificam-se em bases púricas (adenina e guanina) e bases pirimídicas (citosina, timina e uracila).
O DNA é encontrado nos cromossomas, dirige a síntese das enzimas e, desta forma, controla as atividades metabólicas da célula. O RNA transfere as informações do DNA para os ribossomos, onde as enzimas e outras proteínas são produzidas.
6.2. O Ácido Desoxirribonucleico (DNA)
Composição de bases do DNA de algumas espécies:
Estudos com difração de raio X, nos anos 50, mostravam que a molécula do DNA deveria ter a estrutura de uma grande hélice. James D. Watson e Francis Crick propuseram um modelo para a molécula do DNA, visando a explicar tanto suas características químicas quanto seus papéis biológicos. Segundo o modelo de Watson e Crick, a molécula do DNA tem estrutura de uma dupla hélice, como uma escada retorcida, com dois filamentos de nucleotídeos.
O modelo de Watson e Crick para a molécula do DNA
Os corrimãos da escada do modelo de Watson e Crick são formados pelas unidades açúcar-fosfato dos nucleotídeos. Cada degrau é constituído por um par de bases azotadas(uma de cada filamento), sempre uma base púrica pareada com uma base pirimídica.. Observe, no esquema anterior (Fig. C), que os dois filamentos complementares "correm" em sentido contrário.
O filamento complementar terá, obrigatoriamente:
Os dois filamentos da molécula poderiam ser assim representados:
Uma propriedade importante do material genético é conter toda a informação genética. A sequência de bases do DNA é um "alfabeto" com quatro letras (A, T, C e G), nas mais diversas combinações. Um vírus tem filamentos de DNA com 10 000 nucleotídeos, enquanto o DNA presente nos 46 cromossomas humanos possui 10 bilhões deles em um metro e meio de comprimento. Isso equivale a uma biblioteca com cerca de 2 000 livros de 300 páginas cada!
6.3. O Ácido Ribonucléico (RNA)
O RNA é encontrado no
núcleo das células (livre ou associado ao DNA) e no citoplasma
(livre no hialoplasma, associado aos ribossomos ou como constituinte
deles).
A molécula de RNA é formada por
um único filamento, que pode estar dobrado sobre si mesmo.
Existem três tipos de
RNA.
As mensagens no RNAm são
transmitidas em sequências de três nucleotídeos, os
códons.
Todas as
moléculas de RNAt são semelhantes. Existe pouco mais de vinte tipos
de RNAt, um para cada tipo de aminoácido encontrado nas proteínas. A
função do RNAt é transportar aminoácidos presentes no citoplasma da
célula e fazer a ligação dos aminoácidos com o RNAm na síntese de
proteínas.
Os genes podem ser definidos como uma sequência de tripletos (trincas)de nucleotídeos.
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Este site foi atualizado em 04/03/19