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FÍSICA QUÂNTICA

A Mecânica Quântica é a parte da física (mais
particularmente, da física moderna) que estuda o movimento das
partículas muito pequenas. O conceito de partícula "muito pequena" , mesmo
que de limites muito imprecisos, relaciona-se com as dimensões nas quais
começam-se a notar efeitos como a impossibilidade de conhecer com
infinita acuidade e ao mesmo tempo a posição e a velocidade de
uma partícula (veja Princípio da incerteza de Heisenberg), entre outras. A
ditos efeitos chama-se "efeitos quânticos". Assim, a Mecânica Quântica é a
que descreve o movimento de sistemas nos quais os efeitos quânticos são
relevantes. Experimentos mostram que estes são relevantes em escalas de até
1000 átomos. Entretanto, existem situações onde mesmo em escalas
macroscópicas, os efeitos quânticos se fazem sentir de forma manifestamente
clara, como nos casos da supercondutividade e da superfluidez A escala que
regula em geral a manifestação dos efeitos quânticos é o raio de Bohr.
Princípios da Mecânica Quântica
Primeiro princípio: Princípio da
superposição
Para cada sistema físico é associado um espaço de Hilbert
εH. O estado do sistema é definido em cada instante por um
vetor normado
de εH.
Segundo Principio: medida de grandezas
físicas
a) Para toda grandeza física A é associado um
operador linear auto-adjunto  pertencente a A:  é o
observavel representando a grandeza A.
b) Seja
o estado no qual o sistema se encontra no momento onde efetuamos a medida de
A. Qualquer que seja
,
os unicos resultados possíveis são os autovalores de aα do
observável Â.
c) Sendo
o projetor sobre o subespaço associado ao valor proprio aα,
a probablidade de encontrar o valor aα em uma medida de
A é:
-
onde

d) Imediatamente após um medida de
A, que resultou no valor aα, o novo estado
do sistema é
-

Terceiro Principio: Evolução do sistema
Seja
o estado de um sistema ao instante t. Se o sistema não é submetido a
nenhuma observação, sua evolução ao longo do tempo é regido pela equação de
Schrödinger:
-

onde
é
o observável energia, ou hamiltoneana do sistema.
Conclusões da Mecânica
Quântica
As conclusões
mais importantes desta teoria são:
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Em estados ligados, como o elétron girando ao redor de um átomo, a
energia não se troca de modo contínuo, mas sim em de modo discreto
(descontínuo), em transições cujas energias podem ou não ser iguais
umas às outras. A idéia de que estados ligados têm níveis de
energias discretas é devida a Max Planck.
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O de ser impossível atribuir ao mesmo tempo uma posição e uma
velocidade exatas a uma partícula, renunciando-se assim ao conceito
de trajetória, vital em Mecânica Clássica. Ao invés da trajetória, o
movimento de partículas em Mecânica Quântica é descrito por meio de
uma função de onda, que é uma função da posição da partícula
e do tempo. A função de onda é interpretada por Max Born como uma
medida da probabilidade de se encontrar a partícula em
determinada posição e em determinado tempo. Esta interpretação é a
mais aceita pelos físicos hoje, no conjunto de atribuições da
Mecânica Quântica regulamentados pela Escola de Copenhagen. Para
descrever a dinâmica de um sistema quântico deve-se, portanto, achar
sua função de onda, e para este efeito usam-se as equações de
movimento, propostas por Werner Heisenberg e Erwin Schrödinger
independentemente.
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Apesar de ter sua estrutura formal
basicamente pronta desde a década de 1930, a interpretação da Mecânica
Quântica foi objeto de estudos por várias décadas. O principal é o
problema da medida em Mecânica Quântica e sua relação com a
não-localidade e causalidade. Já em 1935, Einstein, Podolski e Rosen
publicaram seu Gedankenexperiment, mostrando uma aparente
contradição entre localidade e o processo de Medida em Mecânica Quântica.
Nos anos 60 J. S. Bell publicou uma série de relações que seriam respeitadas
caso a localidade — ou pelo menos como a entendemos classicamente — ainda
persistisse em sistemas quânticos. Tais condições são chamadas desigualdades
de Bell e foram testadas experimentalmente por A. Aspect, P. Grangier, J.
Dalibard em favor da Mecânica Quântica. Como seria de se esperar, tal
interpretação ainda causa desconforto entre vários físicos, mas a grande
parte da comunidade aceita que estados correlacionados podem violar
causalidade desta forma.
Tal revisão radical do nosso conceito
de realidade foi fundamentada em explicações teóricas brilhantes para
resultados experimentais que não podiam ser descritos pela teoria Clássica,
que incluem:
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Espectro de Radiação do Corpo negro, resolvido por Max Planck com a
proposição da quantização da energia.
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Explicação do experimento da dupla fenda, no qual eléctrons produzem
um padrão de interferência condizente com o comportamento ondular.
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Explicação por Albert Einstein do efeito fotoelétrico descoberto por
Heinrich Rudolf Hertz, onde propõe que a luz também se propaga em
quanta (pacotes de energia definida), os chamados fótons.
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O Efeito Compton, no qual se propõe que os fótons podem se comportar
como partículas, quando sua enegia for grande o bastante.
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A questão do calor específico de sólidos sob baixas temperaturas,
cuja discrepância foi explicada pelas teorias de Einstein e de
Debye, baseadas na equipartição de energia segundo a interpretação
quantizada de Planck.
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A absorção ressonante e discreta de energia por gases, provada no
experimento de Franck-Hertz quando submetidos a certos valores de
diferença de potencial elétrico.
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A explicação da estabilidade atômica e da natureza discreta das
raias espectrais, graças ao modelo do átomo de Bohr, que postulava a
quantização dos níveis de energia do átomo.
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O desenvolvimento formal da teoria foi
obra de esforços conjuntos de muitos físicos e matemáticos da época como
Erwin Schrödinger, Werner Heisenberg, Einstein, P.A.M. Dirac, Niels Bohr e
John von Neumann, entre outros (de uma longa lista). Em geral, a região de
origem da Mecânica Quântica pode localizar-se na Europa Central, na Alemanha
e Áustria, bem como a Inglaterra, e no contexto histórico do primeiro terço
do século XX.
Formalismos na mecânica
quântica
É importante ressaltar que a mecânica
quântica, assim como acontece com a mecânica clássica, pode ser apresentada
de formas diferentes.
A mecânica clássica, por exemplo, pode
ser descrita na linguagem das forças, que é a forma mais antiga, devida à
Newton. Foi muito bem sucedida na explicação de vários fenômenos.
Mais tarde, o formalismo lagrangeano,
onde o conceito mais importante não é a força, mas a energia e ação, sendo
que esta última é definida em termos da energia potencial e da energia
cinética.
Depois, o formalismo hamiltoniano,
baseado formalmente na lagrangiana, mas com desenvolvimento matemático
muitas vezes mais fácil.
Aprofundando o Assunto
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