Curiosidades
Planeta Sal
Um planalto enorme, do
tamanho da Jamaica, tem o chão duro,
escorregadio e branco. Se você se deparar com um
cenário desses, provavelmente estará em Uyuni,
nos Andes bolivianos, um antigo lago de água
salgada que secou.
Figura 19 – Imagem do deserto de sal em
Uyuni, nos Andes bolivianos
Uyuni, o maior lago salgado
do mundo, tem 10.600 quilômetros quadrados, uma
área do tamanho da Jamaica ou metade do Estado
de Sergipe. Há 15.000 anos Uyuni era diferente.
O lago tinha água doce e era cercado por vulcões
ativos. Foram eles que salgaram a área.
As erupções despejaram na
terra toneladas de lava enriquecida com sais
minerais, que foram arrastados pelas chuvas e
rios para o lago. Com o tempo, o clima seco
evaporou tudo por ali e transformou Uyuni no que
os geólogos chamam de salar uma placa salgada
de mais de 200 metros de espessura.
Com isso, Uyuni acumulou 64
bilhões de toneladas de cloreto de sódio, mais
150 milhões de toneladas de cloreto de potássio
e outras 100 milhões de cloreto de magnésio.
Mais do que
um filtro
Figura 20
– Nossos rins
A relação entre o
funcionamento dos rins e a pressão sangüínea é
intrínseca, como citamos anteriormente. A
influência do sal na pressão arterial está
relacionada a uma propriedade dessa substância:
precisa estar dissolvida em água para agir. Ou
seja, quanto mais sal a pessoa ingerir, mais
líquidos precisa para dissolvê-lo,
sobrecarregando o sistema circulatório.
Com um consumo excessivo de
sal ocorrendo todos os dias, a tendência seria a
pessoa inchar indefinidamente. Mas o organismo
possui um mecanismo para eliminar o excesso de
sal e, junto dele, o excesso de água. O órgão
envolvido nesse processo são os rins. O
equilíbrio se desfaz, porém, para os que têm
problemas renais. Desta forma, o órgão fica
sobrecarregado, a pessoa acumula mais líquidos e
pode desenvolver fibrose renal e chegar à
falência do órgão.