PROFESSOR

PAULO CESAR

PORTAL DE ESTUDOS EM QUÍMICA
 

DICAS PARA O SUCESSO NO VESTIBULAR: AULA ASSISTIDA É AULA ESTUDADA - MANTER O EQUILÍBRIO EMOCIONAL E O CONDICIONAMENTO FÍSICO - FIXAR O APRENDIZADO TEÓRICO ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS.

Home
Como Resolver a Prova
Como estudar Química
Orientação de Estudo
Rotina do Vestibulando
Dez Mandamentos do Vestibulando

 

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO

QUE FATORES DETERMINAM O SUCESSO NO VESTIBULAR?

bulletCONDIÇÃO FÍSICA
bulletEQUILÍBRIO EMOCIONAL
bulletAPRENDIZADO TEÓRICO
bulletAULA DADA É AULA ESTUDADA

O equilíbrio entre os três fatores é fundamental para o sucesso no vestibular como veremos detalhadamente a seguir.

OS FATORES QUE DETERMINAM O SUCESSO

A partir desta semana, até o mês de dezembro, vocês vão se preparar para ingressar numa boa faculdade. O rumo de suas vidas, daqui por diante, pode depender da qualidade dessa preparação.

O vestibular é um concurso. Muita gente compete, mas somente os mais bem preparados vencem. O tamanho da briga depende, é claro, da carreira para a qual estamos concorrendo. Em Publicidade e Propaganda, por exemplo, ou então em Medicina, costuma ser uma verdadeira briga de foice. Como se preparar bem para essa luta?

OS MITOS DO VESTIBULAR

Há algumas mentiras sobre vestibular, já solidamente estabelecidas, e que precisamos derrubar já, para que tenhamos sucesso. Uma idéia muito comum, sobretudo para as pessoas que estão do lado de fora, como pais, parentes, tias, vizinhos, considera que:

"Para entrar na faculdade, é preciso passar as noites estudando, não parar um instante, estudar durante as férias de julho, não ter domingo nem feriado, etc."

É um erro grave pensar assim. Quem age dessa forma normalmente não entra. Pelo contrário, seu rendimento cai muito depressa ao longo do curso e ele logo entra num processo de estafa!

Vamos restabelecer a verdade: estar bem preparado não quer dizer apenas "estudar muito". Depende também de estudar muito, mas não apenas disso. Além do aprendizado da matéria, um bom preparo está ligado a um conjunto equilibrado de fatores: uma boa saúde, tanto do corpo como da mente.

OS TRÊS NÍVEIS DE TREINAMENTO

O vestibular pode ser comparado a uma competição esportiva, que vai acontecer no fim do ano. O atleta, no caso, é você; seu período de concentração começa hoje e vai durar 10 meses. Seu desempenho vai depender de seu treinamento, da preparação a que vai se submeter até a prova. De que tipo de treinos um atleta precisa?

bulletPREPARO TÉCNICO (por exemplo, na piscina, para o nadador, ou o saque, para o jogador de volei);
bulletPREPARAÇÃO FÍSICA (que otimiza a capacidade de esforço);
bulletPREPARO PSICOLÓGICO (tão importante quanto os outros treinamentos).

O que vale para o atleta também vale para você. Nosso preparo este ano vai incluir também aspectos técnicos, físicos e psicológicos. Esses aspectos serão igualmente importantes.

Resumindo temos:

Sucesso no vestibular depende de equilíbrio emocional (esporte e lazer), de disposição física (que tem a ver com horas de sono e qualidade da alimentação) e com o aprendizado teórico (ligado às aulas, ao estudo em casa, e às provas).

O sucesso, na realidade, é muito mais função de uma vida equilibrada com lugar reservado para o estudo, tempo para o lazer, para o esporte, cada coisa na sua hora, e na dosagem certa. Cada um dos três fatores é tão importante quanto o outro. É um erro grave cuidar mais de um fator do que dos outros. O aprendizado teórico será obtido em sala de aula. Equilíbrio emocional e preparo físico ficarão por sua conta.

EQUILÍBRIO EMOCIONAL

Qualquer um de vocês, depois de uma prova, ouviu ou usou a expressão: "puxa, me deu um branco total; estudei tudo, mas não lembrava de mais nada". Essa história de "dar branco" acontece de verdade mesmo e, quando ocorre, é um sintoma claro de que nosso "emocional" não está em ordem. É importante, assim, a gente estar bem de cabeça durante o ano, para aprender direito e fazer a melhor prova possível.

A ansiedade é um fenômeno natural do homem. O vestibular, sem dúvida, gera bastante ansiedade. A cobrança é geral: pais, parentes, vizinhos, amigos, a matéria que se avoluma, e pior do que tudo isso: nossa própria cobrança. Será que estou estudando o suficiente? Será que vai dar? Será que meus colegas estão com mais base do que eu? E se eu não entrar este ano?

Como manter a cabeça fria, no meio de tanta pressão, de maneira que todo o resto não seja prejudicado? A verdade é uma só: cada um deverá encontrar seu próprio caminho. Há muitos mecanismos de descarregar a tensão. Temos duas dicas, que são óbvias, mas que funcionam muito bem: lazer e esporte. O ideal seria programar nossa vida de forma a incluir ambos durante a semana.

Ir ao cinema de vez em quando, por exemplo, pode ser muito saudável. Só que tem que fazer isso sem remorsos. Não adianta, durante o filme, ficar se cobrando porque poderia, nesta hora, estar estudando. Isso vai acabar deixando você mais angustiado ainda. Estamos falando em lazer programado, consciente, que a gente decide ter porque sabe que ele é necessário para a mente, tão necessário quanto fazer a tarefa do dia.

Outra coisa ótima é fazer algum exercício físico de forma regular (andar, ou correr, ou nadar, entre duas a três vezes por semana). Nada melhor para jogar fora a tensão acumulada. O grande inimigo do vestibulando é o STRESS, que é uma realidade e ataca em silêncio. O tal "branco" de que falamos no começo é proveniente do STRESS.

Controlar a ansiedade e conseguir conviver com ela é de fundamental importância. Muitos casos de insucesso no vestibular estão ligados, não à falta de estudo, mas a problemas emocionais mal resolvidos.

DISPOSIÇÃO FÍSICA

Para esse item, há alguns cuidados a tomar.

É importante dormir o número de horas adequado, que varia de acordo com a pessoa. Isso pode significar, por exemplo, desistir daquele filme ótimo que vai passar na TV, das 22h30 em diante. Não dá para assistir direito à aula se estivermos com sono, após uma noite mal dormida. E aquela festa que termina às três da manhã? Só se for sábado; dia de semana, nem pensar.

Comer de forma correta ajuda? Só doces e massas, ou proteínas também? E vitaminas? Frutas são importantes? A palavra de ordem é: refeição balanceada!! Você vai aprender nas aulas de biologia, como isso é importante.

É preciso também tomar um café da manhã decente: pão, queijo, fruta, leite. De que jeito você vai conseguir assistir direito a uma aula de Física, Matemática ou História, se a taxa de glicose no teu sangue estiver baixa? Nós, professores, estamos cansados de ver alunos que desmaiam às 10 da manhã, especialmente nos meses de setembro ou outubro. Quase sempre, não tomaram café, vieram à aula em jejum; ficam com hipoglicemia, pressão baixa. Juntem a isso a angústia natural da proximidade da prova, não dá outra: desmaiam ou se sentem mal.

Não é razoável, também, nesse ano de preparação, fazer regimes malucos para emagrecer, sem orientação médica, como os muitos que existem por aí.

Portanto, é preciso cuidar da alimentação com carinho.

Repito e insisto: nós, professores, não temos controle sobre esses dois fatores (equilíbrio emocional e preparo físico). Podemos no máximo alertá-los a respeito de sua importância, várias vezes ao longo do ano. Na prática, portanto, você mesmo terá que se cuidar.

OS TRÊS FATORES SÃO IGUALMENTE IMPORTANTES

Imagine um aluno que tenha cuidado, durante o ano, dos três fatores do esquema de forma desigual. Para simplificar, suponhamos que ele mereça nota 5 de preparo físico, nota 3 de equilíbrio emocional e nota 7 no aprendizado teórico. Qual deverá ser a nota de seu rendimento global? Pensem um pouco a respeito.

Muitos de vocês podem ter somado as três notas e tirado a média, que dá nota 5. Está errado. Na realidade, o rendimento global do aluno não vai passar de 3, que é a nota do fator de que menos cuidou. Isso quer dizer que nosso rendimento máximo na hora da prova depende, basicamente, de nosso ponto mais fraco! No exemplo acima, não adianta o aluno ter estudado muito durante o ano, se o emocional dele faz com que tenha os famosos "brancos" na hora da prova. Se o físico fosse o ponto mais baixo (imagine, por exemplo, uma situação extrema em que o aluno esteja gripado, com 40 graus de febre, delirando), seu desempenho na prova certamente será muito prejudicado.

Veja outro exemplo, para ficar mais claro ainda. Imagine um aluno-atleta, em ótima condição física, com cuca ótima, "desencanado", e que mereça nota 10 nos fatores físico e emocional. Um probleminha: estudou tão pouco durante o ano, que seu preparo teórico vale no máximo a nota 2. Está mais do que claro, para você, de que a nota dele no vestibular não será a média (10+10+2), que seria aproximadamente 7; ele tirará, no máximo, nota 2, é óbvio!!!

Assim, não vamos descuidar de nenhum dos fatores. Mais uma vez, a palavra de ordem é o EQUILÍBRIO.

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO EM CASA

(AULA DADA - AULA ESTUDADA)

Alguns de vocês já ouviram falarem das tarefas de casa, tarefa mínima e tarefa complementar. Vamos descrevê-las melhor daqui a pouco. O que queremos fazer, é discutir com vocês uma das exigências do nosso método: o aluno precisa estudar, todos os dias, a matéria do dia.

Muitos de vocês usam o computador. Vocês sabem que, no computador, há duas categorias de memória: a memória volátil (RAM), que se perde com facilidade, e a memória permanente (HD), na qual as informações ficam gravadas. Vamos dar um exemplo. Estou escrevendo o texto de uma aula no Word. Enquanto o computador estiver ligado, ele se lembra de tudo que escrevi, e o texto permanece na tela. Neste caso, é a memória volátil que está funcionando. Se acabar a luz, por acidente, o computador esquece todas as informações que coloquei nele, e perdi todo meu trabalho. Qualquer pessoa mais prudente, ao longo do trabalho, vai gravando as informações no HD, na memória permanente. Desligo o computador, ligo de novo no dia seguinte, e recupero toda a informação que tive o cuidado de gravar na memória permanente.

Em alguns aspectos, o cérebro humano é semelhante a um computador, a analogia entre ambos é possível. Nós também temos uma "memória volátil", que armazena as informações mais recentes, e que tem um tamanho limitado; ela precisa ser esvaziada todos os dias, durante o sono para ser preenchida no dia seguinte. Temos também uma "memória permanente", na qual são guardadas as informações que, durante nossa vida, nos pareceram mais significativas.

Quer um exemplo de memória volátil? Dificilmente você se lembra hoje do que comeu no almoço, na quinta-feira passada, embora você provavelmente se lembrasse se eu fizesse a pergunta na quinta-feira a noite. Seu cérebro decidiu que essa informação é pouco relevante, e você eliminou durante o sono de quinta-feira. Outro exemplo, que pode ter acontecido para muitos de nós; é bastante comum o costume, no ensino médio, de "rachar antes da prova", "para não dar tempo de esquecer". Todos que estudaram nessas condições podem até ter tirado uma nota razoável: três dias depois, no entanto, esqueceram de tudo, porque usaram apenas a memória volátil, sem "gravar" na memória permanente.

É durante o sono, já dissemos, que nosso cérebro se "rearruma", jogando fora uma série de informações adquiridas durante o dia, julgadas pouco relevantes e armazenando outras. O próprio mapa do cérebro, da rede de conexões, se modifica: novos percursores na rede neural são criados, outros são desfeitos, enfim, a "máquina" cerebral muda fisicamente.

Como transformar a informação "volátil", que adquirimos durante as aulas, em informação permanente, "gravadas" no nosso "HD"? É através das tarefas mínimas, feitas sempre no próprio dia; elas representam um estímulo que irá permitir a gravação, pelo menos parcial, do que aprendemos em sala de aula. Estamos, de certa forma, "avisando" nosso cérebro que aquela informação é relevante, significativa, e que ela precisa ser processada e armazenada. Sem a tarefa mínina, feita antes do sono, as aulas daquele dia serão desperdiçadas. A tarefa complementar pode até, em algumas circunstâncias, ser adiada; a tarefa mínima nunca!

O vestibular é um exame sério, no qual não dá para estudar só na véspera. Neste caso, não podemos depender da memória volátil, em que as informações são sempre apagadas e substituídas pelas mais recentes. Ao contrário, ir bem na prova depende de um conhecimento organizado, e acumulado ao longo da vida escolar, na nossa memória permanente. Assim, se você assistir às aulas e não estudar todos os dias, você está, simplesmente, substituindo o conhecimento, a cada dia que passa. Estudar todos os dias, ao contrário, garante que você acumule conhecimento.

Isso justifica a importância do lema:

AULA DADA - AULA ESTUDADA

 

 

Home | Como Resolver a Prova | Como estudar Química | Orientação de Estudo | Rotina do Vestibulando | Dez Mandamentos do Vestibulando

Este site foi atualizado em 04/03/19