Dos laboratórios para a cozinha
Quem sabe você, no futuro, se for
diabético(a) (tomara que não, mas encare este
capítulo como uma mera suposição, não uma maldição!)
e estiver com níveis altos de açúcar no sangue, a
melhor resposta poderá ser uma só: mais açúcar. Um
tipo especial de açúcar, para ser mais específico.
Segundo pesquisas recentes, não
se pode mais dizer que os diabéticos devem ficar
longe de qualquer tipo de açúcar. Porém, eles devem
sim ficar longe dos açúcares que atravessam
rapidamente as paredes do intestino e se acumulam no
sangue como a glicose, molécula essencial para
organismo produzir a energia necessária a sua
manutenção. É o que dizem os pesquisadores do
Instituto de Botânica de São Paulo e da Universidade
Federal de Lavras (UFLA), os quais extraíram do
capim-favorito ─ uma gramínea que cresce à beira de
estradas ─ um tipo específico de açúcar chamado
betaglucano, que pode ter um efeito benéfico que, em
suma, consiste em diminuir a quantidade de glicose
da corrente sanguínea como demonstraram experimentos
realizados com ratos.
Resultados obtidos por
pesquisadores em outros países constataram que o
betaglucano, mesmo em concentrações baixas, reduz
até 50% a taxa de glicose no sangue durante 24
horas. Esse tipo de carboidrato tem o potencial
natural de ser um redutor da quantidade de glicose
existente no sangue. Quem sabe, no futuro, será uma
alternativa para as pessoas com diabetes. Os
pesquisadores brasileiros também notaram que há a
possibilidade de que a interação do betaglucano com
outro açúcar encontrado nas gramíneas, o
arabinoxilano, possa ser mais potente do que o
betaglucano sozinho. Para saber mais sobre a
pesquisa,
clique aqui.