PROFESSOR

PAULO CESAR

PORTAL DE ESTUDOS EM QUÍMICA
 

DICAS PARA O SUCESSO NO VESTIBULAR: AULA ASSISTIDA É AULA ESTUDADA - MANTER O EQUILÍBRIO EMOCIONAL E O CONDICIONAMENTO FÍSICO - FIXAR O APRENDIZADO TEÓRICO ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS.

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A Química na cozinha

apresenta: O AÇÚCAR

 

Adoçantes dietéticos podem ajudar a emagrecer?

Esta é a primeira pergunta que se faz após se constatar que os adoçantes dietéticos geram uma ínfima quantidade de calorias com o mesmo poder adoçante da sacarose, porém em quantidades bem menores. É uma dedução natural, visto que os carboidratos são um dos principais alimentos responsáveis, quando ingeridos em grandes quantidades, pelo aumento de peso e os primeiros a serem “cortados” pelos nutricionistas quando procurados por pessoas que desejam perder peso.

Existem hipóteses para explicar a associação entre o alto consumo de alimentos ricos em carboidratos e a obesidade. A primeira é que a sacarose age provocando inicialmente hiperglicemia e depois hipoglicemia[17] reativa com conseqüente sensação de fome, responsável, por sua vez, pelo consumo excessivo de alimentos. Outra se baseava na hipótese de que no homem obeso, diabético ou não, verifica-se o aumento do apetite para os alimentos ricos em carboidratos devido à redução nos níveis de serotonina. Alguns casos de obesidade também podem estar relacionados com o maior número de receptores de gosto na boca, por centímetro quadrado, comparativamente às pessoas normais.

Pesquisadoras (ROSADO e MONTEIRO, 2001) estudaram a substituição de macronutrientes (por exemplo: carboidratos e lipídeos) da dieta por adoçantes dietéticos. Segundo as autoras, a obesidade possui diversos fatores, dentre os quais a ingestão de macronutrientes e, em especial análise, de carboidratos favorece o aumento de peso.

Falando especificamente do açúcar, considerado um componente importante na saciedade, sua substituição pelo adoçante dietético reduz o valor energético da dieta, reduzindo também a massa corporal, num primeiro momento. Os efeitos dos adoçantes sobre o apetite dependem da natureza e da densidade dos nutrientes consumidos simultaneamente. Ainda segundo as autoras, não existem evidências suficientes que mostrem que os adoçantes causem ganho de peso, mas seu uso pode resultar em compensação energética com alimentos ricos em lipídios. Esse últimos tendem a aumentar a densidade energética da dieta promovendo o superconsumo passivo de energia, além de apresentar baixa prioridade oxidativa, estando associados à baixa saciedade.

Vale lembrar que os adoçantes dietéticos, no início da sua produção, atendiam uma parcela bem definida da população, a qual representava os portadores de patologias que deveriam evitar o uso de sacarose. Um exemplo são os portadores da diabete melito (chamada freqüentemente por somente “diabete”) nos quais a insulina não é secretada em quantidade suficiente ou suas células alvo não são estimuladas de forma eficiente. Como conseqüência, os níveis de glicose sanguínea tornam-se elevados. Todavia, apesar desses altos de glicose, as células “morrem de fome” porque a entrada de glicose nas células, estimuladas pela insulina, está prejudicada. Além disso, a formação de outros metabólicos se acelera, havendo um acúmulo de corpos cetônicos no sangue, condição conhecida como cetose. O caráter ácido desses corpos cetônicos faz com que haja uma sobrecarga da capacidade tamponante do sangue e do rim, o qual controla o pH sanguíneo. Este quadro, se não tomadas medidas emergenciais, causa uma desidratação grave e uma diminuição do volume sanguíneo e, em última análise, situações de risco para a saúde.

Portanto, pessoas saudáveis “adaptaram” o uso dos adoçantes dietéticos, os quais tinham como objetivo inicial e fundamental tornar mais palatável os alimentos ingeridos pelos diabéticos, para fins estéticos, geralmente sem a consulta de um profissional da saúde.  Cito, para terminar, uma leitura minha dos ensinamentos orientais sobre a comida, o que pode se estender também para outros aspectos de nossa vida. “O que diferencia a comida de alimento para veneno é a sua quantidade”. Portanto, eu aconselho que devamos evitar os exageros e preconizar o equilíbrio em detrimento dos extremos. Não é por nada que um dos sete pecados capitais é a gula!

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[17] O índice glicêmico (IG) é um indicador da velocidade de transformação do carboidrato em glicose. Ele mostra o quão rápido um alimento ingerido consegue aumentar a glicemia (a glicose no sangue). Para maiores informações, clique aqui

 

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Este site foi atualizado em 15/01/11