PROFESSOR PAULO CESAR |
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CARVÃO MINERAL
Carvão fóssil O carvão mineral é um combustível fóssil natural extraído do subsolo por processos de mineração. É um mineral de cor preta ou marrom prontamente combustível. É composto primeiramente por átomos de carbono e magnésio sob a forma de betumes. Dos diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob a forma fossilizada, acredita-se ser o carvão mineral o mais abundante. Carvão é o nome genérico que
pode ser utilizado para designar as quatro etapas típicas na gênese deste
combustível: TURFA, LINHITO, HULHA E ANTRACITO,
que constituem a série evolutiva do carvão, sendo a turfa o menos
carbonificado e o antracito o mais carbonificado. O GRAFITE de origem
metamórfica é carbono puro. Todos resultam da transformação da matéria
vegetal submetida a pressão e temperatura elevadas, por mais de 600 milhões
de anos. A camada de sedimentos, sob pressão, desce (é o fenômeno de subsidência) e nova camada se forma no topo, sob pequena espessura de água. Esse fenômeno pode se repetir grande número de vezes, durante o tempo geológico. A formação da bacia é regulada pela velocidade de subsidência, e pela velocidade crítica de formação de desenvolvimento da vegetação. Se a velocidade de subsidência é menor do que a velocidade crítica, tem-se o desenvolvimento da vegetação. Se a velocidade de subsidência é maior do que a velocidade crítica, a inundação recobre a vegetação e o fenômeno da fitogenia não se produz mais. Portanto, a formação da bacia é o problema de equilíbrio entre a rapidez do crescimento vegetal e a velocidade de soterramento. Na fase biológica ou bioquímica, dá-se a decomposição da matéria vegetal, pela ação de microorganismos inicialmente aeróbios (oxidantes) e depois sob exclusão de ar (bactérias redutoras anaeróbias). Dá-se então a formação da turfa, o que leva cerca de mil anos para uma espessura de trinta centímetros. A decomposição da matéria
vegetal é provocada por agentes diversos: oxigênio, cogumelos e bactérias. A
velocidade de decomposição dos tecidos depende da decomposição do meio
ambiente; assim, em presença de compostos nitrogenados, a destruição da
celulose e da linhina é acelerada, mas a da celulose torna-se quinze vezes
mais rápida do que a da linhina. Essa última pode, portanto, ser considerada
como uma das substâncias iniciais que levará ao deterioramento dos vegetais.
DESTILAÇÃO SECA DA HULHA Na prática, a destilação seca da hulha é feita pelo seu próprio aquecimento a 1.000 °C em retortas de ferro, ao abrigo do ar. São obtidas as seguintes frações. a) Fração gasosa – gás de rua ou gás de iluminação b) Fração líquida – águas amoniacais – alcatrão da hulha
Alcatrão de Hulha constituído essencialmente de hidrocarbonetos aromáticos, tais como benzeno, fenóis, naftaleno, cresóis, antraceno e piche. Trata-se da mais importante fonte natural de compostos aromáticos de grande importância para a indústria(mais de duzentos compostos podem ser obtidos). De uma tonelada de hulha pode ser obtido em torno de 30 a 50 kg de alcatrão.
c) Fração sólida ou resíduo – carvão coque O gás de rua é constituído de H2 (50%), CH4 (35%), CO (7%) e outros componentes. As águas amoniacais contêm NH3, sais de amônio, aminas e outros componentes orgânicos em solução aquosa. A partir das águas amoniacais são fabricados sais de amônio de grande aplicação como fertilizantes na agricultura. O carvão coque é usado como redutor em metalurgia e, em particular, na siderurgia na fabricação de carbureto, gás d’água etc... Na química orgânica, a fração mais importante obtida da destilação seca da hulha é o alcatrão, que representa a fonte natural mais importante para a obtenção dos compostos aromáticos. As principais frações obtidas pela destilação fracionada do alcatrão da hulha são as seguintes: a) Óleos Leves até 150 °C: Benzeno, Tolueno, Xileno. b) Óleos Médios de 150 °C a 220 °C: Fenol, Naftaleno. c) Óleos Pesados de 220 °C a 270 °C: Cresóis, Anilina. d) Óleos Verdes de 270 °C a 400 °C: Antraceno, Fenantreno. e) Resíduos ou Piche Resumindo e salientando os aspectos principais do que até aqui explanamos, temos a citar: - O carvão é fóssil e não é adequado chamá-lo de carvão mineral, como usualmente é conhecido. Trata-se de um composto de matéria carbonosa e de material mineral, esse originário sobretudo do aporte de material detrítico que chega à matéria vegetal trazido pelas águas, sobre os acúmulos de plantas, que, sob tempo, pressão e temperatura vão se carbonificando. - A carbonificação se dá na série evolutiva da turfa para o antracito e o rango do carvão é definido seja pelo seu teor de carbono, por suas matérias voláteis ou pelo seu poder refletor. - Os carvões brasileiros estão localizados no sul do Brasil, nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Há também no Brasil jazidas de linhito em Minas Gerais e algumas no Amazonas.
Existem doze entrepostos instalados com capacidade de armazenar 8 milhões de toneladas de carvão mineral, sendo que o de Tubarão, Santa Catarina, é para seis milhões de toneladas, ocupando uma área de 120 hectares. No planeta, os maiores produtores de carvão mineral são: China 44,7%, Estados Unidos 19,1%, Índia 8%, Austrália 6%, África do Sul 4,8%, Rússia 4,4%.
-O quadro abaixo mostra como ocorre a evolução da composição elementar, desde vegetais até o termo mais evoluído do carvão mineral que é o antracito, quase carbono puro.
-Formação do carvão:
Este site foi atualizado em 22/07/10 |