CICLO
DO FÓSFORO

O fósforo é um elemento químico que participa
estruturalmente de moléculas fundamentais do metabolismo celular, como
fosfolipídios, coenzimas e ácidos nucléicos. Além disso, é um nutriente
limitante do crescimento de plantas, especialmente as de ambientes
aquáticos. Por outro lado, por apresentar-se em grande abundância no meio
ambiente, pode causar sérios problemas ambientais.
Os grandes reservatórios de fósforo são as rochas e
outros depósitos formados durante as eras geológicas. Esses reservatórios,
devido ao intemperismo, pouco a pouco fornecem o fósforo para os
ecossistemas, onde é absorvido pelos vegetais e posteriormente transferido
aos animais superiores e, por conseqüência, ao Homem, via cadeia alimentar.
O retorno do fósforo ao meio ocorre pela ação de
bactérias fosfolizantes, atuando nas carcaças de animais mortos. O fósforo
retorna ao meio na forma de composto solúvel, sendo portanto facilmente
carregado pela chuva para os lagos e rios e destes para os mares, de forma
que o fundo do mar passa a ser um grande depósito de fósforo solúvel.
As aves marinhas desempenham um papel importante na
restituição do fósforo marinho para o ambiente terrestre, pois ao se
alimentarem de peixes marinhos e excretarem em terra firme, trazem o fósforo
de volta ao ambiente terrestre. Ilhas próximas ao Peru, cobertas de guano
(excremento das aves), mostram o quanto as aves são importantes para a
manutenção do ciclo.
O uso mais comum para o fósforo é como fertilizante. Ele
é um dos componentes principais do tipo de fertilizante mais utilizado, o
fertilizante à base de NPK.

Por ter a capacidade de formar compostos solúveis, o
fósforo é facilmente carregado pela chuva para os lagos e rios, sendo
justamente nessa etapa que podem ocorrer sérios danos ao meio ambiente, pois
se um excesso de componentes nitrogenados e fosfatados, que são largamente
utilizados como fertilizantes, entra em um lago ou rio, esses nutrientes
podem causar aumento da população bacteriana e de algas verdes
(fotossintéticas), originando um processo conhecido como eutrofização.
O Fenômeno da Eutrofização
Um lago ou um rio eutrofizado, em um primeiro momento,
apresenta uma elevada proliferação de fitoplâncton, com conseqüente
incremento na produção de matéria orgânica. As algas que compõem o
fitoplâncton possuem um ciclo curto de vida; assim, uma grande quantidade de
algas morrem em um espaço de tempo muito curto.
Esse material orgânico proveniente das algas mortas
provoca o crescimento de organismos decompositores aeróbios, que, ao
realizarem a decomposição, consomem todo o oxigênio dissolvido na água. Esse
consumo provoca a morte de todos os seres aeróbios, peixes, por exemplo,
contribuindo ainda mais para o aumento da quantidade de matéria orgânica a
ser decomposta. Como não há mais oxigênio, os organismos decompositores que
se desenvolvem são anaeróbios, que lançam uma quantidade muito grande de
toxinas alterando totalmente as propriedades químicas do meio aquático,
invibializando todas as formas de vida.
O esquema da figura a seguir mostra os caminhos que o
fósforo pode percorrer, desde sua retirada das rochas, pela ação do
intemperismo, até a sua chegada ao mar, sua participação na cadeia alimentar
e sua respectiva volta ao solo, onde novamente fica à disposição dos animais
e dos seres humanos, dando continuidade ao ciclo.

Resumindo temos:

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Este site foi atualizado em
25/05/09