PROFESSOR PAULO CESAR |
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POLÍMEROSSão macromoléculas (moléculas grandes) obtidas pela combinação de um número muito grande de moléculas menores denominadas monômeros. O processo em que isso é feito chama-se polimerização. Esse processo é conhecido em laboratório desde 1860, mas foi em 1864 que se desenvolveu o primeiro polímero com aplicações práticas: o celulóide.
1. Classificação Os polímeros podem ser classificados pelo método de preparação: • Polímeros por Adição • Copolímeros • Polímeros por Condensação
2. Polímeros por Adição São os polímeros formados a partir de um monômero que deve ser um composto insaturado. A polimerização se dá por meio de reação de adição. 2.1. Polietileno Os polímeros do etileno chamam-se polietilenos. Os polímeros de massa molecular relativamente baixa são ótimos óleos lubrificantes. Os de massa molecular média assemelham-se às ceras. Os de cadeia maior são duros e resistentes à temperatura. Empregando-se catalisadores especiais, consegue-se a polimerização em uma pressão próxima a da atmosfera.
O polietileno é insolúvel, isolante elétrico e inatacável por ácido ou base. É usado no recobrimento de cabos para velas de ignição, em fios telefônicos, na fabricação de tubos plásticos, recipientes domésticos etc...
2.2. Teflon (Politetrafluor etileno) A polimerização do tetrafluoretileno a 50 atmosferas de pressão, em presença de catalisadores à base de peróxido, resulta em um produto conhecido como teflon (massa molecular de 500.000 a 2.000.000).
A característica do teflon é a sua extrema inércia química, resistindo ao ataque de todos os reativos com exceção dos materiais alcalinos fundidos. Como apresenta a superfície extremamente lisa e resiste à alta temperatura sem fundir, o teflon é usado no revestimento de panelas, frigideiras etc...
2.3. PVC O cloreto de vinila é um gás que polimeriza rapidamente em presença de peróxido, resultando em uma resina chamada cloreto de polivinila (PVC).
É usado em toalhas de mesa, garrafas d’água, cortina para banheiros, tubos, couro artificial para estofamento etc.
2.4. Benzeno Uma polimerização importante é a trimerização do acetileno na obtenção do benzeno.
Essa reação constitui o método histórico de Berthelot para a preparação do benzeno.
2.5. Polimerização dos Alcadienos
Resumindo temos...
3. Copolímeros É o polímero formado por mais de um tipo de monômero, possuindo estrutura variada. 3.1. Buna-s É obtido pela copolimerização do butadieno 1,3 com o vinil benzeno, sendo o sódio metálico usado como catalisador. Esse polímero, por ser muito resistente ao atrito, é usado nas bandas de rodagem dos pneus.
3.2. Buna-n É obtido pela copolimerização do 1,3 butadieno com o propeno-nitrilo, sendo o sódio metálico usado como catalisador.
4. Polímeros por Condensação Condensação é a reação entre moléculas de um ou mais compostos que origina um único composto. Na polimerização por condensação tem-se a liberação de uma substância, geralmente água, que não se torna parte do polímero final. Observe a condensação da glicose com produção de amido.
4.1. Baquelite (Polifenol) É preparada por condensação de aldeído fórmico com fenol comum. A baquelite é muito usada como isolante na fabricação de materiais elétricos (pinos, tomadas, plugues etc).
4.2. Náilon (Poliamida) É um polímero obtido por condensação do ácido adípico HOOC – (CH2)4 – COOH e hexametilenodiamina H2N – (CH2)6 – NH2. Por estiramento, os fios de náilon adquirem grande resistência à tração. Queima com dificuldade, tem boa resistência aos agentes químicos, à água quente e aos óleos. Como o grupo é uma ligação amídica, diz-se que o náilon é uma poliamida.
4.3. Dácron (Poliéster) A condensação de ácido tereftálico com etilenoglicol produz um polímero chamado terilene ou dácron, que é usado na fabricação de fibras sintéticas de grande resistência à tração, filmes etc.
5. Silicones São polímeros com silício e são obtidos pela condensação do dimetilsiloxana. São usados em lubrificações de moldes, borrachas, laminados, resinas, agentes antiespumantes, cirurgias plásticas.
Saiba Mais Sobre.... Cauchu É obtido na Amazônia, a partir da hevea brasiliensis, conhecida como seringueira. São feitas incisões oblíquas no caule da seringueira de onde escorre o látex que é coloidal (emulsão de borracha em água). Na extração do látex procede-se à coagulação do colóide. Para isso seca-se o látex, isto é, evapora-se a água, deixando finas camadas de látex em tanques abertos. Para facilitar a coagulação, adiciona-se ácido acético. No Brasil usa-se a defumação para coagular o látex e pôr “que” é exposto à fumaça, vai perdendo água e ao mesmo tempo coagula pela ação do acido acético proveniente da madeira verde queimada. A borracha obtida é impura e chamada de borracha bruta.
Vulcanização A borracha bruta, mesmo depois de purificada, apresenta certos inconvenientes. Sob temperaturas um pouco mais altas (verão) torna-se pegajosa e, em temperaturas mais baixas, (inverno), quebradiça e pouco resistente à tração e ao desgaste (abrasão). Em 1838, Hanconck e Goodyear descobriram um processo para melhorar as propriedades físicas da borracha natural. Esse processo recebeu o nome de vulcanização e consiste no tratamento do cautchu com enxofre. Ao que parece, com a vulcanização, as extensas moléculas lineares se unem através de pontes de enxofre, tornando a borracha mais dura e menos elástica. Dependendo da porcentagem de enxofre, o produto poderá ter diferentes propriedades. A ebonite (cautchu com mais de 32% de enxofre) é um sólido inelástico, usado como isolante elétrico. Exemplo de cautchu vulcanizado:
Este site foi atualizado em 04/03/19 |